A China vai proibir de participar em corridas quem fizer batota em maratonas. A ideia é evitar evitar novos escândalos numa modalidade em rápido crescimento no país.
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Segundo a Associação de Atletismo da China (AAC), quem participar de maratonas com um nome falso ou recorrer a um substituto a meio da prova arrisca-se a ser banido do desporto.
A primeira infração é punida com a interdição de voltar a correr na prova em que esta foi cometida. No caso de segunda infração, o infrator é banido de participar em todas as maratonas organizadas na China.
Em dezembro passado, a morte de um homem numa prova realizada na cidade de Xiamen (sudeste) expôs os casos de fraude nas maratonas. O atleta sofreu um ataque cardíaco quando faltavam 4,5 quilómetros para chegar à meta, tendo sido depois descoberto que corria em nome de outra pessoa. A organização desqualificou mais tarde 30 dos 18 mil participantes.
Desde que a primeira maratona foi organizada em Pequim, em 1981, a modalidade ganhou popularidade no país. Em 2016, quase três milhões de pessoas participaram em 328 maratonas em 133 cidades chinesas, o que, segundo a ACC, representa um acréscimo de 150% face ao ano anterior.
Para 2017 estão calendarizadas 500 provas, sendo objetivo da ACC chegar a 2020 com 800 maratonas para mais de dez milhões de participantes.