Uma mão-cheia de argumentos que ajudam a explicar a goleada (4-0) consentida pelo F. C. Porto frente ao Club Brugge, no segundo jogo da fase de grupos da Liga dos Campeões.
Corpo do artigo
1 - Falta de agressividade
Sérgio Conceição queixou-se da falta de agressividade da equipa e os números confirmam que frente ao Club Brugge, o F. C. Porto fez oito faltas, contra 16 da turma belga. O mesmo já se tinha passado no desaire (3-1), em Vila do Conde, com o Rio Ave, para a Liga, em que os dragões fizeram também oito faltas e os vila-condenses 11. Já o jogo em que a equipa foi mais faltosa foi com o Sporting (23 contra 11) e ganhou por 3-0.
2 - Defesa a comprometer
Má imagem defensiva. João Mário cometeu um penálti no primeiro quarto de hora e por vezes colocou a baliza em perigo. David Carmo e Pepe ainda sem rotinas. O ex-central do Braga, que custou 20 milhões de euros, esteve ligado a três dos quatro golos sofridos. Mesmo Pepe não escapa à apreciação negativa, dividindo culpas com o setor. Zaidu, após o intervalo, acumulou erros, que aceleraram a goleada.
3 - Ausência de Taremi
Expulso em Madrid, na ronda de abertura da Champions, Mehdi Taremi teve de cumprir castigo frente ao Club Brugge e a ausência do melhor marcador da equipa - seis golos nesta temporada - acabou por se fazer notar. Sérgio Conceição colocou a dupla Pepê e Evanilson na frente de ataque e ao intervalo substituiu este último por Toni Martínez. As apostas não resultaram e o F. C. Porto acabou o jogo em branco.
4 - Inexperiência das alternativas
Face ao resultado adverso, o treinador do F. C. Porto apostou em jogadores, em alguns casos, sem experiência, a este nível competitivo. Danny Namaso e Gonçalo Borges estrearam-se na prova e Veron tinha tido a alternativa em Madrid, na ronda inaugural. A falta de soluções à disposição do treinador acabaram por se fazer sentir e, neste patamar, a ausência de mais-valias acaba por se tornar mais flagrante, sobretudo após a saída de jogadores influentes como Vitinha e Fábio Vieira.
5 - Otávio de volta mas pouco
A grande surpresa no onze inicial do F. C. Porto raramente conseguiu fazer o que melhor sabe, os desequilíbrios que o tornam um dos mais influentes da equipa. Apontado como ausência prolongada por ter partido duas costelas no jogo com os espanhóis, teve o que se poderá apelidar de recuperação supersónica, mas pouco se viu em campo. Foi substituído por Gonçalo Borges, a meia hora do final da partida.