O F. C. Porto está atrasado na luta pelo título. O Sporting já disse adeus. A Taça de Portugal ganhou maior importância, transformando o clássico num teste de grau elevado ao momento das equipas e à capacidade de liderança dos técnicos. Bruno Alves fica de fora.
Corpo do artigo
Subjacente à questão de passar às meias-finais, os portistas também vão a exame, no que respeita à força para ultrapassarem as dificuldades dos últimos tempos.
Aliás, num clube conhecido por ter uma estrutura que tem funcionado como escudo protector, acontecimentos de vária ordem têm-se revelado surpreendentes. A par dos casos de Sapunaru e Hulk, que transitam de 2009, esta entrada de 2010 vai dando muito que falar. O falhanço absoluto de Prediger, devolvido à Argentina por empréstimo, a contratação gorada de Kléber, a renúncia do administrador Fernando Gomes e a opção de deixar Bruno Alves de fora, ante os leões, não provocam indiferença.
O capitão é uma ausência de vulto, ainda por cima sem haver registo de impedimentos físicos. Tudo indica que será uma forma de castigar o jogador pelo cartão amarelo desnecessário visto no final do F. C. Porto-Paços e que levou à sua ausência frente ao Nacional. É uma decisão técnica...
Sobre o que a equipa vai fazendo no relvado, os comentários prendem-se mais com as exibições do que com os resultados. É certo que o F. C. Porto ainda está na luta por todas as provas, mas também é verdade que carrega consigo a falta de estabilidade em termos exibicionais. Sobretudo, comparando com os guias, Braga e Benfica, cuja regularidade tem sido uma mais-valia. Pelo que se viu no Estoril e na Choupana, a contratação de Rúben Micael foi uma aposta acertada, só pecando, talvez, por tardia, olhando à diferença pontual para o duo da frente, na Liga. De qualquer modo, Jesualdo tem no madeirense um bom aliado. No comando dos dragões desde 2006 e vinculado até 2011, o técnico enfrenta hoje mais um teste, aguardando-se pela resposta do grupo de trabalho à invulgar série de episódios. O F. C. Porto deve fazer alinhar um onze idêntico ao utilizado na Madeira, com a diferença de ter Beto e Mariano como titulares.
Tudo-por-tudo leonino
Carvalhal, contratado só até ao final da época e saído de uma derrota em Braga, não tem outra hipótese senão dar tudo por tudo nas taças (Liga Europa incluída), porque ao título é praticamente impossível lá chegar. No caso leonino, também com atrapalhações de vária espécie, das quais sobressai o incidente entre Sá Pinto e Liedson, a equipa terá que superar o trauma psicológico do desaire no Minho, pois pôs fim a um ciclo vitorioso de sete jogos seguidos. O treinador manteve a convocatória e apenas por motivos de força maior, febre, viu sair Djaló. No onze que subirá ao relvado, Saleiro pelo reforço Pongolle é a única troca previsível. O recém-chegado Pedro Mendes ainda não é trunfo.