O Conselho de Justiça da FPF instaurou um processo disciplinar a Mário Costa "para apuramento de eventual prática de infração disciplinar" por parte do presidente demissionário da Mesa da Assembleia Geral da Liga de Clubes.
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O Conselho de Justiça da Federação Portuguesa de Futebol (FPF) informou, em comunicado, que decidiu "instaurar um processo de inquérito, com correspondência material ao processo de averiguações, para apuramento de eventual prática de infração disciplinar por parte do Dr. Mário Costa", na sequência de uma denúncia respeitante à empresa BSPORT, alegadamente gerida pelo antigo presidente da Mesa da Assembleia Geral da Liga Portugal.
Em causa está a investigação do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) a Mário Costa e à academia de futebol à qual está ligado, em Riba D'Ave, concelho de Famalicão, distrito de Braga, por suspeitas de tráfico de seres humanos.
Na quarta-feira, Mário Costa pediu a demissão do cargo de presidente da Mesa da Assembleia Geral da Liga. "No decurso da reunião de urgência convocada pelo presidente da LPFP, Pedro Proença, com os presidentes dos três órgãos sociais da instituição - Mesa da Assembleia Geral, Conselho Jurisdicional e Conselho Fiscal -, o Dr. Mário Costa informou da decisão de renunciar ao cargo de presidente da mesa da assembleia geral da Liga Portugal", divulgou o organismo que tutela o futebol profissional em Portugal.
Em carta enviada à Lusa, o advogado de Mário Costa, Raul Soares da Veiga, confirmou a renúncia, considerando que "quando tudo estiver esclarecido e o processo for arquivado, Mário Costa voltará a colaborar com a Liga com o mesmo entusiasmo de sempre".
A Procuradoria-Geral Regional do Porto especificou que foram 33 os menores retirados da academia de futebol, tendo outros adultos sido encaminhados para unidades de abrigo.
Em nota publicada na sua página, aquela procuradoria refere que os menores foram retirados após intervenção articulada das entidades competentes e "por se encontrarem em situação de perigo".
Segundo fonte do SEF, foram identificados 114 futebolistas, oriundos da América de Sul, África e Ásia e estarão todos em situação irregular no país.