O português Danny, do Zenit (Rússia), foi um dos principais responsáveis pelo afastamento do Paços de Ferreira do "play-off" da Liga dos Campeões, ao marcar dois golos de um 4-2 que não espelha a boa réplica dos "castores".
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O internacional luso, que teve a companhia de outro colega de seleção, o central Luís Neto, abriu caminho ao que esteve perto de se tornar numa uma goleada, algo que os "castores" contrariam, à custa dos golos de Manuel José e Carlão, e de uma exibição destemida diante de um adversário com mais experiência e tranquilo pelo resultado conseguido na primeira mão (4-1).
Costinha prometera, no dia anterior, dignificar a imagem do Paços de Ferreira. E as palavras do técnico "ecoaram" no empenho com que os seus jogadores se entregaram à segunda mão de uma eliminatória praticamente resolvida ainda em Portugal, há cerca de uma semana.
O jogo mal tinha começado quando o médio Vítor "alvejou" a baliza de Lodygin, mas a bola passou ao lado, a exemplo de uma jogada de Carlão, aos três minutos, quando até tirou do caminho o guardião russo, rematando à rede lateral.
Foi um início de jogo frenético, até porque o Zenit respondeu, dois minutos depois, por intermédio de Bukharov, que não conseguiu aproveitar um erro da defesa pacense.
Numa toada do género "toma lá, dá cá", a partida manteve-se interessante, mas os anfitriões foram-se apoderando da iniciativa, pelo que não foi de estranhar o primeiro golo do português Danny, assistido por Smolnikov para o "coração" da área.
O internacional luso voltou a marcar, aos 48 minutos, após jogada individual e finalização de grande qualidade, fazendo um "chapéu" de belo efeito a Degra.
Mesmo a perder por 2-0 -- e com os 4-1 da primeira mão na cabeça -, os pacenses não desistiram e voltaram a procurar a intermediária contrária, com destaque para o trabalho de André Leão, Vítor e Manuel José, por contraponto com a quebra de rendimento do belga Witsel (ex-Benfica), na equipa contrária.
Exemplo disso foi um remate de Romeu, que passou a centímetros da barra da equipa russa, numa altura em que o Zenit assumiu práticas típicas de contra-ataque, motivado por uma vantagem já muito grande.
Aos 62 minutos, Rui Miguel falhou o desvio a menos de um metro do guardião Lodygin, após jogada de envolvimento do ataque pacense, que permitiu um cruzamento de Vítor para a pequena área, onde o seu colega quase marcou.
Aos 66 minutos, os russos marcaram um terceiro golo, por Bukharov, que cabeceou sem grande oposição dentro da área pacense, mas Manuel José entendeu, no minuto seguinte, dar a tal prova de dignidade prometida pelos estreantes nestas andanças europeias, e rematou com sucesso, a mais de 30 metros da baliza.
Arshavin, de penálti, aumentou para 4-1, mas o empenho dos "castores" redundou em mais um golo, desta vez "assinado" por Carlão, que desviou, de cabeça, um cruzamento desde a direita.
Vítor ainda dispôs de uma derradeira oportunidade, já nos descontos, graças a um remate forte e colocado, de livre direto frontal.