Ex-tenista João Cunha e Silva escolheu como objeto da carreira a raquete de uma eliminatória que deu pano para mangas.
Corpo do artigo
Um encontro que de tão longo teve de acabar no dia seguinte, uma vitória dramática, um treinador desmaiado. Tudo em plena Taça Davis, no ano de 1997. A viagem ao passado é feita pela mão do ex-tenista João Cunha e Silva e pela raquete que o acompanhou ao longo de uma eliminatória histórica na Sérvia.
"Perdi o primeiro jogo em quatro sets, depois o Nuno Marques ganhou um encontro dramático, que teve de acabar no dia seguinte, porque já não havia luz. No terceiro desafio, eu e o Emanuel Couto vencemos depois de vários match-points contra. Quando acabamos de festejar, chego ao banco e está o José Vilela, o treinador, desmaiado. E ainda houve a última partida, que ganhei depois de ter perdido os dois primeiros sets", recorda, para explicar porque é que aquela eliminatória será sempre uma das mais marcantes da carreira.
Vinte anos depois, João Cunha e Silva continua no top-10 dos jogadores mundiais com mais eliminatórias da Taça Davis (mais de 70). Mas nem só na prova de seleções se destacou. Provam-no dois triunfos em torneios ATP, em pares: Telavive e Casablanca.
E um dos pontos altos da carreira até aconteceu logo aos 17 anos, quando chegou a número 1 do Mundo, em juniores. "Foi resultado de uma grande campanha na América do Sul. Em dez torneios, ganhei cinco e fui a três finais. Foi marcante porque ajudou a trazer para a ribalta o ténis português", recorda, ele que, aos 32 anos, trocou o papel de jogador pelo de treinador.
Passe Curto
Nome: João Paulo Boleto Cunha e Silva Naturalidade: Lisboa
Idade: 49 anos (27/11/1967)
Clubes que representou: Escola de Ténis João Lagos, CIF, Benfica, Clube Ténis do Porto, CETO
Principais títulos: duas vitórias em torneios ATP, cinco títulos de
campeão nacional absoluto