Cinco meses depois do último duelo, City e United reencontram-se ainda aflitos e sem motivos para sorrir neste início de temporada.
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O último dérbi de Manchester não deixou saudade. Terminou 0-0 e o nulo espelhou bem esses pobres 90 minutos em Old Trafford. As análises foram corrosivas e as críticas mais do que muitas. "Isto é um dérbi, devia haver mais risco, mais coragem... Mas pareceu um domingo normal e agora todos vão juntar-se num churrasco", comentou Gary Neville, lenda dos "red devils", enquanto membros das duas equipas conviviam no relvado. Isto foi no início de abril, estavam ambas a passar mal, unidas numa crise que, esperava-se, por esta altura já estariam ultrapassadas. Nada disso. Veio a nova época e o dérbi que se segue (amanhã, às 16.30 horas) apanha-as outra vez aflitas, minadas por maus resultados e por um início de temporada que não só não augura melhorias significativas como coloca em risco ambos os treinadores.
À quarta jornada da Premier League, os dois rivais, separados por um ponto, já estão longe do primeiro lugar. O Manchester City perdeu dois dos três jogos disputados, enquanto o Manchester United empatou um, perdeu outro e ganhou o último, sendo que, pelo meio, caiu na Taça de Inglaterra perante um adversário do quarto escalão. Quase um ano depois de ter sido contratado, Ruben Amorim, que venceu apenas 17 dos 46 jogos disputados pelo United, tarda em convencer que é o homem certo para reerguer o gigante e a possibilidade de saída vem ganhando força. Até porque, no último defeso, o clube investiu cerca de 250 milhões de euros em reforços, iniciando uma reconstrução que o treinador português considera fundamental. A pré-época prometeu, só que o balão de entusiasmo já esvaziou.