Desde 2011 já sucumbiram quatro ciclistas em competição e o número de lesões devido a acidentes nas provas duplicou
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A morte do ciclista suíço Gino Mader, no mês passado, quando se despistou a descer a mais de 90 km/hora e caiu numa ravina, numa das etapa da Volta à Suíça, voltou a despertar o tema da segurança na modalidade que tem vindo a somar dados alarmantes: desde 2011 já morreram quatro atletas em competição.
O debate é complexo, pois apesar da maioria considerar que correr riscos é uma componente indispensável do ciclismo, premiando os mais audazes, também há quem advogue que os percursos das provas devem ser adaptados à evolução técnica e mecânica das bicicletas, cada vez mais velozes.
“As quedas sempre existiram, mas não acho que estejam aumentar. É verdade que se rola mais rápido devido ao desenvolvimento das bicicletas, mas têm travões de disco e pneus mais largos que dão maior capacidade de controlo aos atletas”, explica, ao JN, José Azevedo, ex-ciclista e agora diretor desportivo da Efapel. O responsável lembra que é preciso “dosear a audácia e a consciência individual dos limites” dos ciclistas. “Como diretor não vou dizer para os corredores irem mais devagar, mas alerto que têm de ter confiança na capacidade de gerir o risco”, completa.