O treinador campeão pelo Atlético de Madrid, Diego Simenone, elogiou o prodígio João Félix, mas está ciente que ainda não encontrou a melhor maneira de extrair todo o potencial de um dos jogadores mais caros da história do futebol mundial.
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"É preciso dar-lhe tempo. Nem todos amadurecemos da mesma forma, tanto como homens, como a nível futebolístico. Os adeptos e os comentadores nem querem saber, porque sabem que ele joga bem e só o querem ver a jogar. Joga bem, mas é preciso encontrar lugar para ele. Não importa a quantidade de minutos, mas sim a qualidade dos mesmos", considerou o técnico argentino.
Em duas épocas ao serviço dos colchoneros o avançado ex-Benfica já somou 19 golos, em 76 jogos disputados, mas as exibições ainda não chegaram ao patamar de exigência requerido para convencer os adeptos que os 120 milhões gastos na sua contratação foram um bom investimento.
"Apareceu a lesão e, para um jogador como ele é difícil manter o nível. Convive com o drible, com o contacto com os adversários, e utiliza o tornozelo para jogar. Não era fácil aguentar a situação como ele aguentou. Foi valente, não se esqueçam que teve de ser operado. Espero que consiga manter a regularidade necessária", finalizou Simeone, em defesa do seu pupilo.
Além do caso João Félix, Diego Simenone abordou ainda a possível troca entre o médio Saúl Niguez e o avançado do Barcelona Antoine Griezmann, com quem reconhece ter uma boa relação pessoal, fruto também do período do francês no Atlético de Madrid. "Saúl é importante para o Atlético, porque pode jogar em muitas posições. Dá-nos muitas alternativas, mesmo quando não fez uma temporada ao seu melhor nível", disse.
"Com Griezmann tenho uma boa relação, mesmo para além do desporto. Quero que continue bem em Barcelona, porque é um jogador extraordinário. Mesmo com uma temporada menos boa, não teve menos de 20 golos. Falámos com o clube e há posições que temos para melhorar inclusive um avançado. Se não vier Griezmann, vem outro", concluiu o treinador.