De um lado, as memórias de uma participação histórica num Campeonato do Mundo. Do outro, as de um título nacional que deixou uma modalidade boquiaberta e uma cidade à beira da loucura. Ao meio, Flávio Cruz, voleibolista retirado desde o final da época passada, depois de uma carreira que lhe rendeu 12 títulos nacionais (entre campeonato, Taça e Supertaça) e perto de duas centenas de internacionalizações.
Corpo do artigo
Entre tantas aventuras ao serviço da equipa das quinas, houve uma, na Argentina, difícil de igualar. "Foi em 2002, no único Mundial em que Portugal esteve presente por via do apuramento. Coincidiu com o meu primeiro ano de seleção sénior e acabámos num honroso oitavo lugar", aponta. Mas a história de sucesso de Flávio Cruz não se confina à seleção. Afinal, antes de se dedicar a 100% a ser fisioterapeuta, foi seis vezes campeão nacional... mesmo quando nada o fazia prever: "O meu título no V. Guimarães, em 2008, teve um sabor especial. Não só porque foi o meu primeiro título nacional, mas por se tratar de um clube que nunca tinha vencido nada".
Por isso, quando chegaram a Guimarães, havia uma cidade "completamente parada" à espera dos novos heróis... que até levavam na bagagem uma história curiosa. "Quando ia a entrar no balneário, apareceu um homem vestido de branco, que se fechou lá dentro. Quando entrámos, cheirava imenso a incenso. Só depois percebemos que ele tinha ido depurar o balneário... contra o mau-olhado".
Passe curto
Nome: Flávio Rodolfo Gonçalves Cruz Naturalidade: Funchal
Idade: 35 anos (28/08/1982)
Clubes que representou: Vólei Clube do Funchal, Marítimo, V. Guimarães, Allegrini, Piacenza, Espinho, Benfica, Castêlo da Maia
Principais títulos: seis títulos de campeão nacional, três Taças de Portugal, três Supertaças, uma Liga Europeia