Líder da FPA quer deixar marca, dinamizar modalidade, criar novas infraestruturas e formas de financiamento. Federação avalia proposta e contrapartidas que pode "obrigar" a filiar quem se inscreve em provas. Seguro anual e outras contrapartidas em estudo. "Todos os participantes das corridas deste país vão pagar algo."
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Domingos Castro assumiu a liderança da FPA há pouco mais de dois meses. Tem mandato até 2028 e não tem dúvida que como dirigente "vai deixar marca na modalidade". Qual concretamente? "Um número de filiados fora do normal, novas infraestruturas e que nunca falte o apoio aos jovens. A modalidade depende deles", garantiu o responsável, numa entrevista ao JN.
E quantos filiados tem a FPA? "No início do ano, tínhamos 21.654 e agora 22.456. Um pouco mais de dois mil quando comparado com 28 de janeiro de 2024 [20.440]". Apesar da melhoria significativa, o dirigente tem uma meta para o mandato.
"Gostaria que, nestes primeiros quatro anos, no mínimo, ultrapassássemos os 100 mil. Mas para se filiarem tem de haver contrapartidas. E estamos a estudá-las. … Uma hipótese é a de conceder um seguro de 365 dias. Normalmente quem corre, só tem o seguro no dia da prova. Estamos a negociar com três seguradoras um seguro de 365 dias e algo mais... Outra das medidas pode passar por quem queira participar em provas [por recriação] tem de ser filiado pelo menos por um dia. É o que acontece em Espanha. Estamos a avaliar cenários para ver com calma a melhor solução", assumiu o responsável.
No plano orçamental, e além da grande fatia que provém do apoio estatal (IPDJ, COP e CPP), o responsável sublinha o apoio das câmaras municipais, mas deseja aumentar as receitas e fontes de financiamento. "Estamos a conseguir algumas receitas significativas a nível privado, mas as maiores são as das câmaras. Na campanha falei com os principais organizadores deste país que têm o monopólio das provas. Disponibilizaram-se a conceder uma verba à FPA que será canalizada para as associações. E, por sua vez, para ajudar os clubes na formação. Que fique bem claro, os valores vão para a formação. Por outro lado, preparamos uma proposta, na qual todos os participantes das corridas deste país vão pagar algo, obviamente com contrapartidas. E creio que será uma receita significativa. Não conseguimos só viver com o dinheiro do Estado. Queremos ter mais filiados, mas tem de haver contrapartidas", acentuou Domimgos Castro.