Equipa de Vítor Bruno esteve duas vezes em vantagem, mas não foi além de um empate em Bruxelas, frente ao Anderlecht e está na 23.ª posição da Liga Europa, classificação que ainda garantiria a presença no play-off de acesso aos oitavos de final.
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A crise não larga o mundo azul e branco. Depois de três derrotas consecutivas, o F. C. Porto elevou um bocadinho o nível, mas não conseguiu melhor do que um empate, em Bruxelas, frente ao Anderlecht. A equipa de Vítor Bruno mostrou bem mais ritmo e intensidade do que nos jogos anteriores, mas acabou traída por um erro infantil e um medo cénico cada vez mais difícil de disfarçar, continuando numa posição complicada na luta pelo apuramento na Liga Europa.
O treinador portista mudou cinco peças em relação ao onze que tinha começado a partida que ditou a eliminação da Taça de Portugal, frente ao Moreirense, com a principal surpresa a chamar-se Otávio, que já não era opção desde setembro. O central acabou por ficar ligado ao segundo golo do Anderlecht, quando tentou desviar o remate de Amuzu mas a única coisa que conseguiu foi enganar Diogo Costa. O cronómetro marcava o minuto 86 e o 2-2 surgiu apenas três minutos depois de o recém-entrado Fábio Vieira se ter enchido de fé e, com um remate de pé direito, colocar os dragões a vencer por 2-1.
Num duelo cheio de incidências, a emoção começou logo aos 14 segundos, quando uma saída de bola falhada pelos portugueses resultou num golo de Dolberg, mas o avançado foi apanhado em fora de jogo. O F. C. Porto foi acalmando, passou a controlar o meio-campo e chegou à vantagem graças a uma grande penalidade, convertida por Galeno, a castigar falta sobre Francisco Moura.
O Anderlecht reagiu na segunda parte, o poste de Diogo Costa ainda evitou o empate, mas, aos 52 minutos, o 1-1 surgiu mesmo. Pepê perdeu a bola em zona absolutamente proibida, quando podia ter atrasado para os centrais, e De Greef não perdoou. Já depois dos golos de Fábio Vieira e Amuzu, o F. C. Porto ainda teve uma oportunidade de ouro para voltar a ser feliz. Vieira lançou Gonçalo Borges, o extremo ganhou o duelo a N’Diaye, mas Coosemans travou o sorriso do dragão.
Positivo
Alan Varela subiu de nível e foi bem acompanhado por Eustaquio. De Greef e Edozie foram um pesadelo para os dragões.
Negativo
Pepê chamou o azar e cometeu um erro fatal no 1-1. João Mário não esteve feliz e Galeno marcou, mas não brilhou.
Árbitro
Morten Krogh bem pode agradecer ao VAR pela indicação no lance do penálti. De resto, boa arbitragem do juiz dinamarquês.