O F. C. Porto reagiu à acusação feita pelo Conselho de Arbitragem (CA) da Federação Portuguesa de Futebol, negando que a tomada utilizada para ligar o sistema de revisão de vídeo não estivesse a funcionar e garantindo que foram os técnicos responsáveis da Altice que não conectaram o cabo ao equipamento do VAR.
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Num comunicado enviado, esta segunda-feira, à Agência Lusa o CA da FPF confirmou a falha de comunicações e vídeo na área de revisão do árbitro (RRA, na sigla em inglês), ao minuto 87 do encontro disputado no domingo, no recinto azul e branco, e o recurso, face a essa falha, a "um equipamento móvel - disponível em todos os estádios - a fim de comunicar com o Centro de videoarbitragem, na Cidade no Futebol".
"Ao analisarem o incidente, os técnicos concluíram que a única tomada elétrica disponível na área de revisão do estádio não tinha corrente elétrica e que ao longo do jogo o sistema de energia de reserva - também conhecido como UPS (Uninterrupted Power Supply) - esgotou-se", detalha, ainda, o comunicado, que o F. C. Porto nega em absoluto.
"Não corresponde à verdade que a tomada elétrica disponível na zona de revisão do estádio não possuísse energia socorrida. Esta tomada possui fonte de alimentação UPS (Uninterrupted Power Supply)", pode ler-se no comunicado emitido, já na tarde desta segunda-feira", no site oficial dos dragões, que lembra que a tomada em causa possui "uma chave específica que garante que a mesma só é utilizada para o sistema VAR".
"Também não corresponde à verdade que a tomada em questão seja a única disponível na área de revisão do estádio. Junto desta existe um outro quadro elétrico com outra tomada disponível para utilização, conforme se pode verificar pela foto subsequente [ndr: ver foto no final do texto]", acrescenta o comunicado portista, lembrando que não foram registadas quaisquer falhas de energia no decorrer do jogo, antes ou após mesmo.
"A este propósito refira-se que obrigação do F. C. Porto se esgota na disponibilização de uma fonte de energia para que os técnicos da Altice, contratados pela FPF, aí conectem o cabo de alimentação destinado aos equipamentos do VAR, o que aconteceu, sendo que toda a responsabilidade de montagem do sistema e ligação de cabos é daqueles profissionais", acrescenta o ponto 5 do comunicado, com o F. C. Porto, antes de apresentar a sua versão para a falha do sistema.
"Sucede que o referido cabo, conectado na origem à fonte de energia do estádio disponibilizada pelo F. C. Porto, não foi conectado aos equipamentos do VAR, levando a que o sistema tenha estado a funcionar suportado por baterias desde o início do jogo. Tal facto foi reconhecido pelos próprios técnicos da Altice quando substituíram o equipamento, tendo este passado a estar suportado pela energia do estádio", afirmam os responsáveis portistas nos pontos 6 e 7 do mesmo documento, antes de avançarem para a conclusão.
"Por conseguinte, se não existiu qualquer falha de energia e se não foram rearmados quaisquer quadros elétricos, como se explica que o equipamento do VAR substituído não tivesse energia do estádio, mas o segundo equipamento já a tivesse? A energia não desaparece de um momento para o outro… A conclusão é elementar: o cabo da Altice do primeiro equipamento do VAR, conectado na origem à fonte de energia do estádio, nunca esteve ligado no destino ao equipamento do VAR por erro técnico", finaliza a administração da SAD do F. C. Porto.