A portuguesa Dulce Félix foi este domingo oitava classificada na Maratona de Londres e estabeleceu o seu recorde pessoal, ao correr em 2:25.15 horas, sendo a melhor não africana a terminar.
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A atleta do Benfica tinha 2:25.40 como melhor registo, feito na Maratona de Nova Iorque de 2011.
A corrida foi ganha pela etíope Tigist Tufa, com 2:23.22, seguida da queniana Mary Keitany, com 2:23.40, e de outra etíope, Tirfi Tsegaye, com 2:23.41.
"Estou superfeliz, o recorde pessoal era o meu objetivo. Nos últimos quatro quilómetros, custou-me um bocadinho, mas apesar de tudo estou feliz", afirmou à agência Lusa após a chegada.
A atleta portuguesa foi a melhor classificada não africana e chegou a correr isolada na frente das mulheres, aos 30 quilómetros.
"Andei muito tempo descolada, porque estava a correr com o meu ritmo. Era ritmo para passar [à meia-maratona] entre 1:12.20 e 1:12.30. Passei mais rápido. Depois, apanhei o grupo das africanas e pensei que elas iam pôr aquilo a andar, mas elas não puseram, então tomei eu a iniciativa de impor o meu ritmo", justificou.
Nessa altura, passou pela frente da corrida, mas a atleta de Guimarães explicou que isso aconteceu somente porque estava a correr ao seu ritmo e antes de as principais africanas terem acelerado.
O resultado alcançado, afirmou a atleta, é sinal de que tem margem para evoluir. "Vou treinar para passar a barreira das 2:25 [horas] e acho que consigo. Ainda tenho muitas maratonas pela frente. Agora é pensar nos Jogos Olímpicos, porque é a maratona que eu quero fazer. É preparar porque é isso que eu quero, é ser maratonista e fazer a maratona os Jogos Olímpicos na maratona", vincou.
Nesta edição da Maratona de Londres participaram ainda no grupo de elite masculino os portugueses Hermano Ferreira, que terminou no 16.º lugar, com 2:15.53 horas, e Pedro Ribeiro, que desistiu após passar os 25 quilómetros.