Num jogo atribulado, Sporting sofre quarto desaire seguido, perde com o Brugge e complica contas na Champions. João Pereira fica em posição ainda mais frágil.
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O pesadelo continua para o Sporting, que sofreu na Bélgica, frente ao Brugge, a quarta derrota seguida, no quinto jogo sob o comando de João Pereira. A solução da SAD leonina para colmatar a saída de Ruben Amorim para o Manchester United revela-se cada vez mais problemática. O acumular de maus resultados é evidente, sendo que até aqui só conseguiu ganhar na estreia, ao Amarante, para a Taça de Portugal.
Tal como sucedera em Moreira de Cónegos, no jogo anterior, o Sporting entrou bem, colocou-se cedo em vantagem com um golo de Geny Catamo, mas foi novamente derrotado. Sem sorte e num jogo acidentado, sofreu o empate num autogolo de Eduardo Quaresma, que viria a sair lesionado. Logo após o empate, até surgiu a chance de penálti para os leões, por carga de Skov Olsen sobre Maxi Araújo. Mas o árbitro, alertado pelo VAR, assinalou falta fora da área e no livre Gyokeres atirou por cima.
Já perto do fim, o Sporting consentiu a reviravolta belga, numa das poucas jogadas de relevo de uma segunda parte de nível inferior.
O desfecho, que adia o apuramento leonino para o play-off e compromete o eventual acesso direto aos oitavos de final da Champions, vem agravar a crise na equipa. Foi uma derrota ingrata, não só pela forma como decorreu o jogo, como pela sensação de injustiça, pois o empate seria o resultado mais certo. João Pereira, que demorou a mexer e quando o fez optou por Ricardo Esgaio, não esteve bem. Já em desvantagem, lançou Harder, mas já não houve tempo nem discernimento para evitar o desaire, com a componente psicológica também a fazer mossa.
Com o acumular de situações infelizes, o cúmulo para o Sporting foi ver o Brugge dar-se bem, numa opção que assumiria papel crucial, na partida. O dinamarquês Nielsen entrou e três minutos depois, aproveitando uma boa abertura de Vanaken, fez o definitivo 2-1, ingrato para os leões, que pareciam ter o jogo controlado. Ironicamente, foi um nórdico a decidir, em mais um sinal de ventos contrários nas hostes leoninas. Hjulmand teve atuação oscilante, Gyokeres nos últimos jogos só marcou de penálti e Harder entrou já numa fase de desespero. Segue-se a receção ao Boavista, para a Liga, numa nova prova de fogo, para a equipa e, sobretudo, para João Pereira.