Investigação levada a cabo pelo Ministério Público de Goiás identificou vários jogadores potencialmente envolvidos no esquema e o caso pode ganhar dimensão nacional.
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Há um escândalo envolvendo apostadores e futebolistas da Série B a assolar o futebol brasileiro.
A denúncia foi feita pelo presidente do Vila Nova, Hugo Bravo, na última jornada da época passada. O dirigente revelou que o médio Romário foi aliciado por apostadores para cometer uma grande penalidade durante a primeira parte do jogo com o Sport.
O jogador, que terá recebido 10 mil reais adiantados de um total de 150 mil reais acordados com os criminosos, não foi convocado para esse jogo, mas terá abordado alguns companheiros no sentido de garantir que tudo correria como planeado.
Ninguém alinhou no plano e o caso chegou ao conhecimento do presidente do clube, Hugo Bravo, que conduziu uma investigação interna. O dirigente terá conseguido a confissão do aliciamento através do Whatsapp e denunciou o caso às autoridades.
A investigação "Penalidade Máxima", levada a cabo pelo Ministério Público de Goiás, levou à detenção do empresário Bruno Moura, revela o jornal "Globo", acusado de contactar e fazer os pagamentos aos jogadores que eram recrutados para o esquema.
Durante as investigações, foram identificados mais atletas, de vários clubes, como estando potencialmente envolvidos no caso.
São os casos de Joseph, do Tombense, e Matheusinho, do Sampaio Correia, jogadores que cometeram grandes penalidades antes do intervalo na última jornada da última edição da Série B, tal como o que fora acordado com Romário, do Vila Nova.
Fernando Cesconetto, promotor de Justiça do Ministério Público de Goiás, revelou que cada futebolista aliciado receberia 150 mil reais para garantir que a aposta se concretizasse.
De acordo com o sítio "Globo Esporte", a investigação pode ganhar uma dimensão nacional, após terem sido detetados pagamentos a jogadores de quatro estados só este ano.