Pavilhão será construído pelo F. C. Porto num terreno situado junto às piscinas de Campanhã. Acordo de direito de superfície com a autarquia portuense é assinado na sexta-feira por Rui Moreira e André Villas-Boas.
Corpo do artigo
A Câmara Municipal do Porto e o F. C. Porto avançam na sexta-feira com a transmissão do direito de superfície do terreno afeto à desativada Escola Ramalho Ortigão, na zona de Campanhã, para a construção de um novo pavilhão multiusos. A assinatura da escritura será feita pelo autarca portuense, Rui Moreira, e pelo presidente do clube azul e branco, André Villas-Boas.
Leia também F. C. Porto vai pagar 50 euros mensais por terreno do novo pavilhão desportivo
O novo equipamento permitirá ao F. C. Porto acolher todos os escalões de formação das modalidades de pavilhão, alargar a prática desportiva a mais pessoas, com destaque para o desporto feminino, e incrementar a oferta de desporto adaptado. O facto de o terreno em causa estar situado junto às piscinas de Campanhã, que já são utilizadas pelo F. C. Porto, permitirá ao clube potenciar uma série de sinergias operacionais.
Ao que o JN apurou, a infraestrutura custará quatro milhões de euros aos dragões e, dependendo da data de arranque das obras, demorará cerca de um ano e meio a ser construída. Além da cedência do terreno, por um período de 70 anos, este acordo inclui um contrato-programa de desenvolvimento desportivo que prevê uma comparticipação financeira de 525 mil euros por parte da autarquia portuense ao F. C. Porto.
Durante os primeiros quatro anos, até 2029, o clube azul e branco pagará mensalmente ao município um valor simbólico de 50 euros (600 euros por ano), valor que ascenderá a 10 900 euros nos anos subsequentes. Para o F. C. Porto manter a renda simbólica, a Câmara Municipal terá de renovar o programa de quatro em quatro anos.
Segundo apurámos, o valor de renda de tabela pelo direito de superfície é de 131 878 euros por ano, mas, em função do contrato-programa desportivo assinado entre a Câmara Municipal e o F. C. Porto, a renda passa para os referidos 600 euros por ano.
A obra, que Villas-Boas prometeu durante a campanha para as eleições de abril do ano passado, é o segundo projeto de grande dimensão que o F. C. Porto vai abraçar, juntando-se à futura construção do Centro de Alto Rendimento, em Vila Nova de Gaia, cujo terreno já foi adquirido, estando neste momento em curso os trabalhos de limpeza e desmatação, tendo o clube avançado em setembro com o pedido de licenciamento para a movimentação de terras.