Glasgow não é só a maior cidade da Escócia e a terceira mais populosa do Reino Unido. Também é "muito desenvolvida, muito cultural" e faz-se "com pessoas amigáveis". Quem o diz é Fábio Cardoso, que só torce o nariz à conspiração meteorológica. "Estava habituado ao sol e aqui não há muito. Está sempre cinzento, escuro... Até a disposição é outra", diz o defesa, ao JN.
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Mas, pronto, o tempo é só um pormenor que acaba por esmorecer com o "hábito". Até porque Glasgow tinha tudo para ser caótica, mas não. "É tudo muito organizado e as pessoas ajudam nisso, já que respeitam muito as leis. A limpeza também me surpreendeu bastante e, depois, têm muitos cuidados com os espaços públicos", resume Fábio Cardoso, a quem também não passou despercebido o zelo policial. "Estão sempre em cima e há multas para tudo", salienta o jogador formado no Benfica.
Às custas do inverno, a luz do dia desaparece cedo, mas não é só a noite que madruga por lá. "Normalmente, jantam às 18.30 horas e às 22 horas já não se vê ninguém na rua", refere o jogador formado no Benfica. E se a alimentação "é parecida", também tem particularidades que ainda não convenceram. "Comem demais ao pequeno-almoço, até feijão, mas isso não é para mim", explica, entre risos. Já para não falar daquele prato tipicamente escocês, de nome "haggis": "Leva vísceras de borrego e farinha de aveia. Não me cativou mesmo nada", acrescenta. Menos mal que, "duas ou três vezes por mês, há um cozidinho".
Passe curto
Nome Fábio Rafael Rodrigues Cardoso
Clube Rangers FC
Idade 23 anos (19/04/1994)
Posição Defesa
Pormenores:
Jantares com táxis à porta
Exemplos da cidadania escocesa não faltam e nem os jogadores escapam. "Sempre que há um jantar de equipa, todos usam táxis como transporte. E mesmo que bebam só um copo, não facilitam nem conduzem", diz Fábio Cardoso, antes de rematar: "Não se vê muitos acidentes por aqui".
Superstições só no balneário
Ainda são vestígios das raízes do Rangers. Fábio Cardoso é católico, o clube foi fundado por protestantes e mesmo que a história já não seja tão levada a peito ainda requer cuidados. "Agora, não me benzo no relvado, como acontecia em Portugal. E as superstições que tenho é no balneário que as faço", revela Fábio Cardoso.