O plantel do Feirense mostrou-se indignado, esta sexta-feira, com a decisão de cancelar a LigaPro e acusou o Sindicato dos Jogadores de ter esquecido a posição oficial dos jogadores.
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Em comunicado, os jogadores do Feirense esclarecem que "não se revêm no comunicado hoje [sexta-feira] publicado" pelo Sindicato, alegando que solicitaram que a sua indignação contra o cancelamento da competição fosse tornada pública no documento.
"A questão salarial é importante e preocupa-nos, mas os nossos capitães demonstraram ao presidente do Sindicato dos Jogadores a necessidade de tornar pública a nossa indignação face ao diferente tratamento que existiu entre a Liga e LigaPro, algo que foi esquecido no comunicado do Sindicato de Jogadores", lê-se no documento.
O plantel fogaceiro defende ainda que houve diferentes critérios na decisão tomada pelo Governo. "Somos profissionais e queríamos ter as mesmas oportunidades de terminar o nosso campeonato, como terão os nossos colegas da Liga. A decisão ontem [quinta-feira] tomada deixa-nos indignados e com um sentimento de discriminação", refere o comunicado.
Já nesta sexta-feira, em comunicado, o clube contestou a suspensão da LigaPro, defendendo que a decisão representa um "claro prejuízo para o Feirense".
"É uma decisão que viola os princípios democráticos implantados há 46 anos e que recentemente celebrámos, com prejuízo do futebol, da verdade desportiva de muitos clubes, em benefício apenas de alguns", lê-se no documento,
Câmara Municipal solidariza-se com clube
O presidente da Câmara Municipal de Santa Maria da Feira, Emídio Sousa, em comunicado, também veio a terreiro defender o clube, considerando que esta "é uma decisão que prejudica gravemente o Feirense, que está a lutar pela subida à Liga, e o concelho".
"É absolutamente incrível e inacreditável esta decisão, tomada de forma unilateral, sem consultar os clubes e sem ponderar prejuízos económicos e financeiros. O que o Governo devia ter anunciado eram as condições necessárias para que os jogos se pudessem realizar", avançou o autarca, anotando: "O Governo não tem que se meter na vida dos clubes profissionais e decidir que há condições para continuar a Liga, mas não há condições para a LigaPro.
E rematou: "Se a Liga vai ser concluída com jogos em junho ou julho, então a LigaPro também tem que ser concluída".