O português António Félix da Costa (Dallara Volkswagen) venceu, este domingo, a Taça Intercontinental da FIA em fórmula 3, numa prova que acabou com bandeiras amarelas devido a um acidente na reta da meta quando os pilotos iniciavam a 14.ª volta
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Félix da Costa é o segundo português a vencer uma prova de Fórmula 3 em Macau - depois de André Couto ter feito o mesmo no ano 2000 -, mas o primeiro a consegui-lo a correr por Portugal, já que Couto corre com as cores de Macau.
O português, que chegou a Macau salientando sempre que pretendia ganhar a corrida de Macau, largou da 'pole position' depois de sábado ter conquistado a vitória na corrida qualificativa que serviu para ordenar a grelha para a Taça Intercontinental da FIA.
Largando do primeiro lugar da grelha, Félix da Costa não conseguiu um bom arranque, chegou a estar em terceiro, mas na travagem à chegada ao hotel Lisboa, no final da zona rápida da pista, recuperou o primeiro lugar que não largou mais.
O piloto português ainda sofreu durante algumas voltas a pressão do sueco Félix Rosenqvist (Dallara Mercedes), segundo na grelha, mas resistiu sempre nas investidas do adversário principalmente na travagem da curva do hotel Lisboa, um dos pontos de ultrapassagem preferidos dos pilotos.
O terceiro lugar do pódio foi ocupado pelo britânico Alex Lynn (Dallara Mercedes) que, numa ou outra volta, ainda tentou chegar ao segundo lugar, mas sem sucesso.
Como curiosidade, da prova de Félix da Costa é que grande parte do público que encheu a bancada do reservatório ostentava bandeiras portuguesas e logo após a bandeira de xadrez fizeram a festa pela vitória do piloto nacional, que levará ao mastro principal do pódio, pela primeira vez nesta categoria, a bandeira de Portugal.
O cônsul de Portugal em Macau congratulou-se com a vitória de António Félix da Costa na Taça Intercontinental da FIA em Fórmula 3, mas não deixou de recordar a memória de Luís Carreira, o piloto nacional de motos que perdeu a vida.
"(Sinto uma) grande, grande alegria, num fim de semana extraordinário, neste momento a vitória, (há pouco) o terceiro lugar do Tiago" Monteiro, disse Manuel Carvalho quando se dirigia para junto do pódio para celebrar com o piloto luso, o primeiro português a ganhar em Macau com as cores de Portugal já que André Couto, que venceu em 2000 a mesma prova, correu com as cores de Macau.
O cônsul português não deixou, contudo, de recordar o trágico acidente de Luís Carreira, algo que sente muito, mas vincou o saldo final como "extraordinário" e disse sentir "uma grande emoção".
O final da corrida não deixou também de ter um final curioso, dado que, com os pilotos no pódio, o hino português foi trocado, o que surpreendeu de imediato o próprio Félix da Costa e a assistência que, em resposta, cantou "A Portuguesa".
Depois, quando o líder do Governo entrou no pódio para entregar o prémio foi recebido com assobios e apupos, antes de a organização emendar o erro fazendo tocar o hino português, que seria outra vez acompanhado pelo coro de português que assistência à entregas das taças.
Quando saia do circuito, Chui Sai On fez questão também de, cada vez que encontrava algum português que reconhecia, cumprimentar e deixar os parabéns à comunidade pela vitória de Félix da Costa.