Medalhas. Troféus. Faixas. Tudo distinções que dão cor à carreira dos desportistas. Mas a que o ex-futebolista Fernando Aguiar traz ao peito mostra que as medalhas também podem encerrar recordações amargas.
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Recebeu-a em 2004, quando o Benfica conquistou a Taça de Portugal. "Foi depois de uma época marcante, da morte do Miki [Feher]. Era muito importante ganharmos alguma coisa", lembra.
Por isso, mas não só, aquele jogo no Jamor, frente ao F. C. Porto, ficou-lhe gravado a tinta permanente. "Não joguei de início e lembro-me de estar no banco, muito nervoso. Mas, depois, eu e o Geovanni entrámos aos 55 minutos, quando estávamos a perder 1-0, e ajudámos a virar o resultado", conta, orgulhoso.
De resto, o início da aventura no Benfica encerra outro dos momentos que dificilmente esquecerá. "Estava no Beira-Mar e empatámos 3-3 com o Benfica. No fim, o Toni, na altura o treinador, veio ter comigo e disse que tinha passado ao lado de uma grande carreira. Em dezembro, mudei-me para lá".
Mas foi nos aveirenses que apontou o golo mais marcante enquanto futebolista. "Estávamos empatados 2-2 com o V. Guimarães e eu marquei num remate a uns 30 metros, que nos deu a vitória. Ainda por cima fazia anos", recorda, com o sotaque que lhe ficou dos quase 20 anos que viveu no Canadá, onde até chegou a jogar hóquei no gelo. Agora, aos 45 anos, dedica-se aos investimentos na área imobiliária e na bolsa.