Figo sobre não ter regressado ao Sporting: "Nunca tive a oportunidade de voltar"
Numa entrevista ao canal de Youtube "Bora Lá", Luís Figo, antigo internacional português, falou sobre o Sporting, os "Galáticos" do Real Madrid e as campanhas na seleção portuguesa. "Um Europeu como o que vivemos em Portugal vai ser impossível de repetir", referiu.
Corpo do artigo
Luís Figo, Bola de Ouro em 2000, falou no canal de Youtube "Bora Lá" um pouco sobre o trajeto que percorreu no mundo do futebol. Entre os temas, a passagem do Sporting esteve em destaque. O antigo internacional português explicou, ainda, o motivo para nunca ter regressado ao emblema que o formou.
"Decidi ir para o Sporting porque tinha o meu melhor amigo a jogar lá e também porque, nessa altura, falava-se que o Benfica escolhia muito mais jogadores fisicamente dotados, e eu era mais franzino nessa idade. Deu certo, mas não foi fácil", contou, dando conta dos motivos para não ter regressado.
"Por circunstâncias da vida, nunca tive a oportunidade de voltar ao Sporting. Era impossível porque estava no auge da minha carreira, por aquilo que significava, pelo que custava, por tudo. Depois, se não tens essa possibilidade, ela nunca vai acontecer", afirmou o extremo, que, após ter representado o Barcelona e o Real Madrid, teve uma passagem por Itália, no Inter, onde terminou a carreira.
Nos blancos foi contratado, entre polémica, ao Barcelona para fazer parte de um conjunto de jogadores de grande nível, tal como Ronaldo, Zidane, Roberto Carlos, Raul, Beckham e Casillas."É um privilégio, mas, ao mesmo tempo, uma responsabilidade. Coincidimos numa época e num projeto com grandes jogadores a nível mundial. Cada um tem o próprio ego e personalidade, mas não podemos esquecer que jogamos em equipa e que todos dependem de todos. Sempre tivemos bom ambiente. Ainda hoje temos todos uma boa relação. Isso foi fundamental para conseguirmos títulos", considerou.
No baú estão também as lembranças ao serviço da seleção nacional e das mais diversas competições internacionais nas quais teve o privilégio de vestir a 7 das quinas. O penálti frente à Inglaterra, no Euro 2000, foi um dos episódios relembrados.
"No momento não tinha sensação de penálti, mas, sendo realista e vendo as imagens, é penálti. Mas foi um sentimento de revolta, de injustiça, em que só queres rebentar com tudo. É normal, é uma deceção. Depois pensas: se fosse ao contrário, se calhar não apitavam penálti", considerou, antes de falar sobre o Euro 2004 em casa.
"Um Europeu como o que vivemos em Portugal vai ser impossível de repetir, em termos da vivência. O país juntou-se à volta da seleção nacional. Foi único, apesar de termos perdido", concluiu.