Francisco J. Marques diz que F. C. Porto já pode gastar 34 milhões em jogadores
No programa "Universo Porto da Bancada" desta terça-feira, Francisco J. Marques respondeu às críticas de Fernando Seara, na BTV e comentou a contratação de João Amaral por parte das águias.
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Em declarações à BTV, Fernando Seara acusou o F. C. Porto de ter dito ao Sporting que não contratava jogadores que rescindissem contrato apenas porque está impedido de realizar aquisições devido ao "fair-play" financeiro da UEFA. No programa "Universo Porto da Bancada", Francisco J. Marques desmentiu.
"Fernando Seara fez declarações falsas. E vindo de onde vêm, são significativas. O F. C. Porto informou que não iria aproveitar-se do momento de eventual fragilidade do Sporting para tirar partido de eventuais rescisões de contrato, algo que nunca faria. Foi por razões de ética desportiva, que é algo que pelos vistos não existe do lado do Benfica. É público que o fez por intermédio do presidente, dizendo ao Sporting que não tinha de se preocupar. Já aconteceu no passado com Jorge Gonçalves no Sporting e Jorge de Brito no Benfica. E o F. C. Porto nunca se aproveitou de rescisões para contratar jogadores aos rivais", começou por dizer, acrescentando alguns factos.
"É mentira que o F. C. Porto não possa contratar jogadores devido ao "fair-play" financeiro. O que as regras dizem é que o F. C. Porto pode gastar exatamente o mesmo que fizer em transferências. Na época passada fez 63 milhões de euros e podia ter gasto o mesmo valor. Não o fez por uma decisão da administração. Neste preciso momento em que estou a falar o F. C. Porto já pode gastar 34 milhões de euros. Não quer dizer que vá gastar, mas já pode. Querem sempre passar a ideia de que o F. C. Porto está refém do fair play financeiro. Não é verdade. Teve um aperto, mas está a sair dele graças às medidas da administração que resultaram muito bem. Vamos ter uma equipa tão ou mais forte do que a que tivemos este ano", afirmou.
O diretor de comunicação do F. C. Porto comentou ainda a transferência de João Amaral para o Benfica, que os encarnados oficializaram esta terça-feira.
"Do ponto de vista regulamentar, não me parece que haja qualquer problema. A questão é o que representa o atraso no futebol português. Se queremos mudar o futebol português e queremos que seja um campeonato mais competitivo, temos de acabar com este tipo de comportamentos. Isto é evidente que é para criar uma relação de dependência entre o clube grande e o clube mais pequeno. Há aqui uma adulteração grave do que deve ser a verdade na relação entre clubes e jogadores. Não podemos aceitar este tipo de coisas e estes contratos de opção que não passam de empréstimos encapotados. Há quem não tenha uma visão com um mínimo de ética desportiva no futebol português e tem de haver. Estas práticas não são aceitáveis, mesmo sendo regulares", concluiu.