Recorde de assistência (40 189 espectadores) num jogo de futebol feminino em solo português. Empate obriga a seleção das quinas a ganhar em Teplice para ir ao Euro 2025.
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A primeira mão do playoff decisivo na corrida ao Euro 2025 terminou com um empate amargo para a seleção portuguesa. Numa noite histórica no Dragão, que recebeu 40 189 adeptos, a equipa lusa tentou a vitória de todas as formas, atacou imenso, mas só Kika Nazareth teve a frieza necessária para marcar.
O recorde de assistência num jogo de futebol feminino em Portugal merecia outro desfecho, mas já se sabe que na alta competição não há injustiças. O golo caído do céu para a Chéquia, que aproveitou a maior debilidade das portuguesas, o jogo aéreo defensivo, surgiu no contexto de um primeiro tempo dominado por Portugal, ineficaz na conclusão de várias jogadas com elevada nota artística.
O remate à barra de Andreia Jacinto, logo no início, foi o prenúncio de uma noite negativa do ataque luso. Ana Capeta, num descarado remate em “rabona”, e Kika, de forma acrobática, estiveram perto de marcar golos que levantariam as bancadas, mas seriam as checas a faturar, num duelo nas alturas em que Svitkova superou Ana Borges e não hipóteses a Inês Pereira.
As “navegadoras” não desanimaram com a desvantagem ao intervalo e o reinício trouxe o golo da igualdade, num disparo de Kika após assistência de Andreia Jacinto. Portugal acreditou na reviravolta, continuou a pressionar, mas as forças já não eram as mesmas e nem a entrada da veloz Diana Silva trouxe o ansiado 2-1. Aos 71 minutos, foi a vez de Inês Pereira brilhar na baliza lusa, travando uma jogada perigosa das checas, que depois jogaram com o relógio e seguraram o empate. Com a 2.ª mão para jogar na terça-feira, tudo se decidirá em Teplice, onde Portugal terá de obter a vitória que lhe fugiu ontem para marcar presença num Europeu, pela terceira vez seguida.