Benfica, que não conquista títulos desde 2020, garantiu reforços de qualidade para quebrar a hegemonia do favorito Sporting no futsal.
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A vida é feita de poucas certezas. A de que o sol vai nascer amanhã, talvez seja a que reúne um maior número de fiéis. Mas no que ao desporto diz respeito, e no futsal em particular, há outra que assume um lugar de destaque nos últimos anos: até pode mudar a época, mas Sporting e Benfica são, indubitavelmente, os crónicos candidatos a vencer a Liga.
E é com esta certeza - se assim quiserem chamar, de ver estes dois eternos rivais disputarem a fase final de apuramento de campeão, que arranca o campeonato versão 2022/23. Ainda que seja natural pensar que o tiro de partida é dado em igualdade de circunstâncias, o Sporting parte um bocadinho à frente, depois de no domingo ter conquistado a Supertaça (quinta consecutiva) e de ter no currículo seis títulos nacionais desde 2015/16.
Com Nuno Dias ao comando (vai para a 11.ª época de leão ao peito), os leões levaram à letra a tão afamada máxima de "equipa que ganha não mexe". Ao bicampeão nacional de futsal chegaram apenas Anton Sokolov (contratação), bem como Hugo Neves e Diogo Santos, que regressam após empréstimos. Mexidas apenas na frente para colmatar as saídas de Cardinal e Waltinho.
Por sua vez, o Benfica investiu forte para tentar dar a volta à seca de títulos. Os encarnados não conquistam qualquer troféu desde 2020 e, por isso, querem já na presente época dar uma resposta positiva e alegrias aos seus adeptos. Pulpis, que se mantém ao leme e que depois da derrota na Supertaça disse que "não basta jogar bem e acabar por perder sempre", reestruturou a equipa tendo como base o núcleo duro, chamou o capitão Bruno Coelho de volta à base de operações - andou dois anos no estrangeiro após nove de Benfica - e juntou três aquisições que prometem dar que falar.
Léo Gugiel (guarda-redes), Diego Nunes (balançou as redes no jogo da Supertaça) e Higor, os três são internacionais brasileiros, ocupam as vagas deixadas livres por jogadores como Roncaglio, Rafael Henmi, Tayebi, Fits e Robinho. Este último, um dos craques da nossa Liga, rumou até Braga, onde certamente irá ter um contributo de peso numa equipa que quer voltar a incomodar na luta pelos lugares cimeiros.
Caxinas e Ferreira do Zêzere são as caras novas no palco dos grandes, que este ano vai contar com 12 equipas ao invés das 14 da época passada.