Quando alguém questionar o porquê de o futebol ser o desporto rei, o dia 28 de junho de 2021 pode ser utilizado como resposta: emoção, golos e surpresas.
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Os jogos da Croácia - Espanha e França - Suíça trouxeram emoção de início ao fim e proporcionaram aos adeptos o melhor dia do Euro 2020 até ao momento, tal como classificou Gary Lineker, ex-jogador da seleção inglesa e atual comentador de futebol da BBC. Para começar, o padrão dos golos de ambos os jogos foi o mesmo, como se pode ver em baixo. Ambos foram a prolongamento, mas apenas França e Suíça competiram na lotaria das grandes penalidades, dando uma emoção extra a um jogo que por si só já foi impróprio para cardíacos. Na última quarta-feira foram marcados 18 golos em quatro jogos, mas esta segunda-feira em apenas duas partidas com prolongamento os adeptos assistiram a 14 golos.
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Os finalistas do Mundial 2018 enfrentaram uma Espanha em crescimento na tentativa de surpreender os antigos campeões do mundo e alcançar os quartos-de-final. A Espanha entrou forte a dominar o jogo com bola e a criar situações de perigo, mas foi Pedri e Unai Simón a protagonizar um dos momentos mais caricatos do Euro. O médio atrasou a bola com alguma força e o guarda-redes falhou na receção, deixando a bola entrar na própria baliza.
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A Espanha conseguiu recuperar e fazer o 2-1, mas a Croácia não baixou os braços e foi criando algum perigo. Sofreu o 3-1 na sequência de um livre batido rapidamente e o jogo parecia estar fechado. Mas os suplentes utilizados Orsic e Pasalic quiseram o contrário e conseguiram marcar dois golos nos cinco minutos finais.
Já no prolongamento, a Croácia teve duas oportunidades claras para marcar e podia ter fechado aí o jogo. Mas o futebol é mesmo assim: quem não marca sofre e os croatas sofreram mesmo. Primeiro de Morata, depois de Oyarzabal, num prolongamento que teve oportunidades de golo para ambas equipas até ao fim.
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Os campeões do mundo tinham pela frente uma Suíça competente, que fez uma fase de grupos relativamente boa e que joga um futebol positivo, não se baseando apenas nas tarefas defensivas. A primeira parte surpreendeu a maioria dos fãs: a Suíça dominou o jogo e chegou ao intervalo a vencer por 1-0 com golo do benfiquista Seferovic. Construíam desde trás, chegavam apoiado até ao ataque, criavam superioridades para furar a defesa francesa, variavam o flanco assim que precisavam. Muitos recursos ofensivos em disposição.
A segunda parte começou logo com emoção: a Suíça tinha a oportunidade para dar mais um passo rumo a fechar o jogo com uma grande penalidade assinalada. Ricardo Rodríguez falhou e Benzema marcou dois golos em dois minutos para completar a reviravolta. E quem melhor para marcar dois golos importantes, se não um dos melhores avançados do mundo que esteve afastado da seleção desde 2015?
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A emoção e espetáculo continuaram com o golaço de Pogba que, para além de marcar e festejar em grande estilo, parecia ter selado o destino suíço. Mas a equipa de Petkovic continuou a criar perigo e Seferovic (bis) e Gavranovic conseguiram o empate, surpreendendo o público No prolongamento nenhuma das equipas arriscou muito e o jogo foi decidido nas grandes penalidades, onde também houve surpresas.
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Todos os jogadores marcaram, até que Mbappé assumiu o quinto penálti. Quando os adeptos pensavam que um dos melhores jogadores do mundo não falharia, ele falhou. E que maneira de vencer um jogo, se não defender uma grande penalidade de um craque como o francês.
E que Euro para Mbappé. Após grandes exibições no Mundial em 2018, o avançado não marcou nenhum golo, viu Benzema a chegar e a assumir o controlo ofensivo da equipa e falhou uma grande penalidade decisiva. O mais interessante é que enquanto estava 3-1, a possibilidade da França vencer o Euro e Mbappé conquistar a Bola de Ouro era algo considerável. Mas um remate pode mudar tudo.
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