HC Porto tem dado passos importantes num país sem grande tradição. Este ano vai disputar a Liga Ibérica e irá defrontar seis emblemas espanhóis. Treinador, presidente, team manager e jogador falam sobre a experiência.
Corpo do artigo
A Federação de Desportos de Inverno de Portugal (FDI-Portugal) e a Real Federação Espanhola de Desportos no Gelo (RFEDH) apresentaram, em Madrid, a Liga Ibérica que se inicia nos próximos dia 21 e 22 de setembro. Dentro do rol de sete clubes surgem seis espanhóis e um português: HC Porto. A equipa, que contou com cinco portugueses, num plantel que pode chegar a 20 atletas, deu um brilharete no último campeonato espanhol, ao qual foi convidada, e promete não ficar por aqui. Jim Aldred, treinador do emblema portuense, explica. “A ideia é desenvolver o hóquei no gelo em Portugal. O mais importante é chegar aos mais jovens, mas a única forma de o fazer é do topo para baixo. E o [HC] Porto mostra que pode jogar numa boa liga, em Espanha, e crescer”, começa por dizer, ao JN, o técnico canadiano, que em 2016 cruzou o Atlântico para acompanhar a família.
“Nos primeiros jogos fomos vendo o que conseguíamos e no final correu muito bem. Em 14 jogos, ganhámos sete, foi muito bom”, comenta Robert Linavskis, presidente do HC Porto, nascido na Letónia, mas a viver em Portugal desde 2015, revelando uma convicção: “Colocámos Portugal no mapa do hóquei no gelo europeu”. Devido à falta de infraestruturas em Portugal, o HC Porto teve de realizar todos os jogos da última temporada em Espanha, por terrenos emprestados, levando a um encargo de cerca de 150 mil euros. No entanto, já se encontra em fase de construção um espaço, na Trofa, com vista a receber os jogos em casa, e cuja conclusão espera-se para breve. “Quando? Quem sabe? Estamos em Portugal... Esperamos que até ao Natal”, deseja Robert Linavskis, referindo que a construção da arena e o clube estão interligados.