Henrique Calisto, treinador de futebol, comenta o duelo entre Benfica e F. C. Porto.
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Estatisticamente, o F. C. Porto é mais bem-sucedido no Funchal, com o Nacional, do que o Benfica em Vila do Conde, diante do Rio Ave. Que conclusões se podem tirar daqui?
Esses dados contam pouco, porque os contextos são sempre diferentes. Há, de facto, deslocações mais difíceis que outras e isso pode afetar o estado emocional, mas tudo depende da maturidade das equipas.
Em condições normais, F. C. Porto e Benfica vencem e a Liga decide-se na última jornada?
No futebol, a lógica é uma batata. O F. C. Porto quer cumprir o seu papel e levar a decisão até à última jornada. Esteve com sete pontos de vantagem e não vai querer entregar o campeonato de mão beijada. O Benfica tem mais margem, pois pode empatar um jogo.
Quem tem o desafio mais difícil nesta penúltima batalha?
O Nacional está num mau momento. Não depende apenas de si para garantir a permanência e é uma equipa que está longe do passado recente, que lhe valeu qualificações europeias. O F. C. Porto é, obviamente, favorito.
O Rio Ave não perde há quatro encontros...
Está num bom momento, mas o Benfica também está. O F. C. Porto joga primeiro e o desfecho desse jogo irá ter influência no que vai acontecer em Vila do Conde.