O inquérito parlamentar feito na sequência dos confrontos que se seguiram ao jogo entre o Al-Masrye ao Al-Ahly, no Egipto, dos quais resultaram 74 mortos, a 1 de Fevereiro, considerou que a polícia foi negligente na preparação de medidas de segurança.
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A polícia subestimou a possibilidade de confrontos no estádio de Port-Said, cidade do norte do Egipto, quando os espectadores abandonavam o estádio, referiu o jornal governamental Al-Ahram citando o relatório preliminar.
"A comissão de inquérito parlamentar imputou uma grande parte da responsabilidade política ao aparelho de segurança", escreve o jornal.
A polícia e as medidas de segurança nas entradas do estádio também foram denunciadas, tendo sido referido que os espectadores não foram revistados e numerosas pessoas acederam ao jogo sem bilhete, segundo a mesma fonte.
A violência no estádio de Port-Said começou no fim do jogo, no qual o Al-Masry, um clube de Port-Said, infligiu ao Al-Ahly, uma equipa do Cairo, a primeira derrota da época, por 3-1.
Centenas de apoiantes do Al-Masry invadiram o terreno e começaram a atirar pedras e garrafas contra os do Al-Ahly.
As forças de segurança são acusadas de terem ficado passivas face aos confrontos que causaram 74 mortos.
O drama relançou a contestação contra o exército, que lidera o país desde a demissão de Hosni Mubarak a 11 de Fevereiro de 2011 por uma revolta popular.
Dezasseis pessoas morreram em cinco dias no Cairo e no Suez em confrontos entre a polícia e manifestantes, desencadeados pelo drama do jogo de futebol.