Jorge Jesus chegou a pensar na reviravolta, em Olhão, mas acabou por ter de se contentar com a conquista de um ponto, "muito justamente", lamentando as baixas do Benfica para o clássico da próxima semana, com o F. C. Porto.
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O técnico dos algarvios, Jorge Costa, não falou sobre a arbitragem porque tem "três filhos em casa" e gosta do que faz.
"Sabíamos que o Olhanense era último, mas que isso não dizia nada em relação ao valor da equipa. Quando fizemos o 1-1, com mais uma unidade em campo, pensei sempre que íamos dar a volta ao jogo", afirmou Jorge Jesus, destacando o risco táctico que correu na segunda parte: "Fizemos tudo para não perder. Mudámos tacticamente, arriscando até ao limite e fomos recompensados. Conquistámos um ponto, ao cair do pano, com muita justiça. Houve muito antijogo, muitas paragens e poucos descontos".
Para o jogo com o F. C. Porto, o Benfica não vai poder contar com Fábio Coentrão e Di María (por castigo) e Ramires (que se lesionou e foi transportado ao hospital), ficando a dúvida quanto à disponibilidade de Aimar, que se lesionou, ontem, no treino matinal. "Além de não termos ganho, perdemos muitos jogadores para o próximo jogo. Vamos pensar no F. C. Porto e tenho a máxima confiança em todos os atletas", garantiu o técnico do Benfica.
Jorge Costa ficou com um sabor agridoce após o empate alcançado ante as águias: "A vitória esteve muito perto, por mérito de uma equipa que trabalha, que sabe o que quer e o que faz. Antes do jogo, um empate com o Benfica não seria mau, mas empatar desta forma - não sendo um mau resultado -, custa. Esta equipa deu uma prova que vai conseguir".
Sobre as incidências do encontro, designadamente em relação às decisões de arbitragem, Jorge Costa optou por um discurso que diz quase tudo: "Tenho três filhos em casa e gosto muito da minha profissão. O que se passou, passou-se e não vou entrar por aí, porque não posso. Porque estamos num país democrático, mas no qual os treinadores não podem falar", disse Jorge Costa.