“Cantera” volta a ser a solução para os problemas do clube catalão. Clássico põe à prova herdeiros de Messi e companhia.
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Assim que se avista um possível grande Barcelona, um que, pelo menos, faça sombra à irrepetível equipa de Pep Guardiola, normalmente há um aspeto que se evidencia acima de qualquer outro: quase de certeza, a La Masia está representada em força. A academia que não deformou irremediavelmente Xavi, Iniesta, Lionel Messi, Gerard Piqué, Sergio Busquets ou Carles Puyol continua a produzir talentos estrondosos e, numa altura em que o grande colosso catalão atravessa graves problemas e não tem dinheiro nem para grandes transferências nem para salários gigantescos - neste defeso, o único reforço foi Dani Olmo e apenas foi inscrito com a época já a decorrer -, são eles que garantem a competitividade dos blaugrana perante um Real Madrid que vem de mais uma temporada memorável (campeão espanhol e europeu) e ainda se reforçou com Kylian Mbappé.
Este sábado, às 20 horas, o Barça entrará no Santiago Bernabéu como líder da La Liga e se tudo correr normalmente, seguindo a tendência desta temporada, defenderá esse estatuto no “el clasico” com uma equipa constituída em mais de 50% por jogadores da formação. Alguns não só já lá estavam como se impuseram ao ponto de atualmente serem imprescindíveis, apesar da idade, como Gavi (20 anos), Ansu Fati (21), Pau Cubarsí (17) e Lamine Yamal (17); outros foram-se juntando e agora, sob o comando de Hansi Flick, começam também a ganhar protagonismo, sendo Marc Casadó (21 anos) e Hector Fort (18) os exemplos mais recentes. Ainda há Alex Baldé e Fermín López, para além de Marc Bernal (17 anos), a recuperar de uma rotura de ligamentos, Sergi Dominguez (19), Gerard Martin (22) e Andrés Cuenca (17), que formam o quarteto que o treinador alemão já estreou esta temporada.