Japonês Morita abriu caminho com um bis e Matheus Reis apontou o melhor golo da noite. Braga esteve sempre desconfortável com o novo fato tático e suicidou-se na reentrada
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Morita, por duas vezes, Edwards, Matheus Reis e Pedro Gonçalves, este de penálti, carimbaram a goleada do Sporting (5-0) sobre o Braga, em Alvalade. Foi a segunda consecutiva em jogos com os bracarenses, depois do mesmo parcial na Taça da Liga. Os leões foram superiores ao adversário, que realizou uma exibição pobre e caiu para a terceira posição. Os minhotos surgiram com um sistema tático que nunca os deixou confortáveis, não apresentaram lucidez e, além disso, cometeram demasiados erros em apenas três minutos (segundo tento e expulsão).
O leão, que jogava na ressaca da derrota na final da Taça da Liga, garantiu uma vitória importante, reduziu a diferença para o adversário na tabela (cinco pontos) e nem precisou de se esforçar muito para golear.
O Braga surgiu personalizado e a tentar limitar o jogo leonino. Artur Jorge igualou o sistema habitual do opositor com três centrais, uma imagem pouco usual e que fez sofrer a equipa.
O Sporting adaptou-se melhor não só nas saídas para o ataque, a utilizar toda a largura, como também nas ações interiores. Mais forte nas bolas paradas, onde ganhou vantagem num lance de Morita, o onze de Ruben Amorim controlou progressivamente o duelo. Claramente mais dinâmico e confortável no desenho tático, o leão acercou-se da área minhota e criou perigo, especialmente através de Marcus Edwards.
O regresso dos balneários dos minhotos revelou-se fatídico. A equipa surgiu desconcentrada, adormecida e cometeu erros sucessivos. Racic perdeu a bola em zona proibida, Matheus ainda negou o sucesso a Pedro Gonçalves, mas Morita voltou a marcar. Se o golo já colocava a formação de Artur Jorge em maus lençóis, o temperamento de Niakaté (segundo amarelo por protestos) traçou-lhe o destino.
Com mais uma unidade, a superioridade leonina foi total perante um Braga destroçado. Edwards, Matheus Reis e Pedro Gonçalves selaram a goleada.
Mais: Morita revelou instinto de goleador ao atacar a zona para onde St. Juste tocou a bola. Edwards idealizou várias arrancadas e Matheus Reis assinou o golo da noite.
Menos: Racic perdeu a bola numa zona proibida. Niakaté não controlou os ânimos, protestou de forma primária e ajudou a condenar a formação bracarense.
Árbitro: O juiz algarvio perdoou amarelo a Racic, numa falta sobre Esgaio, no início do encontro. Acertou ao vislumbrar a queda de Chermiti na grande área.
Veja o resumo do jogo:
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