Zaidu, nos descontos, deu a vitória e o campeonato aos azuis e brancos. Darwin ainda marcou, mas o golo foi anulado. A festa, no relvado, foi pacífica.
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Onze anos depois, o F. C. Porto voltou a celebrar a conquista do campeonato na Luz, neste caso o 30.º título da sua história. Um prémio justo para a equipa mais competente e regular da competição.
Este sábado, no duelo da consagração e num palco escaldante, os dragões selaram a vitória no último suspiro, num duelo onde geriram a vantagem de poder jogar com o empate. Os azuis e brancos realizaram uma exibição calculista, prudente e sem correr grandes riscos, mas acabaram por vencer numa eletrizante fuga de Pepê concluída por Zaidu.
À exceção da ameaça de Darwin, o uruguaio bateu Diogo Costa e levou a Luz à loucura, mas estava fora de jogo por dois centímetros, e de uma defesa competente do guarda-redes do F. C. Porto, perto do fim, os dragões viveram esta batalha emotiva sem grande sobressalto. Além do golo, criaram a melhor oportunidade do jogo, mas Taremi não teve discernimento, e cumpriram a missão com eficácia.
Os encarnados tiveram mais posse de bola, mas foram quase sempre inofensivos. Pouco criativos, previsíveis e com pouca classe nas alas - Lázaro e Gil Dias estão longe da capacidade de Everton e Rafa - acabaram por cair perante um dragão mais prático e confiante. No final do jogo, os jogadores azuis e brancos festejaram com os adeptos, enquanto os simpatizantes das águias também aplaudiram a equipa pelo esforço.
Os encarnados entraram melhor e aproveitaram a atmosfera favorável da Luz para centrarem a discussão no meio-campo adversário. Mas aos poucos foram perdendo a clarividência logo que os dragões acertaram as marcações. Mesmo num cariz equilibrado, as águias conservavam mais tempo a bola, porém sem acutilância, enquanto os portistas foram mais práticos e ameaçadores.
Taremi perdeu o duelo com Vlachodimos e Evanilson também esteve numa posição privilegiada dentro da área para faturar. As únicas oportunidades nesta fase, numa discussão que se tornou quezilenta e com exageros para pressionar o árbitro Luís Godinho, que nem sempre deu a lei da vantagem.
O F. C. Porto entrou melhor na segunda parte e Evanilson fez brilhar Vlachodimos. As águias tentaram reagir e Darwin motivou uma enorme explosão de alegria, mas estava em fora de jogo, num lance em que fez uma excelente receção antes de ultrapassar Mbemba.
Na reta final do jogo, o F. C. Porto chegou ao golo da vitória graças a uma jogada de contra-ataque finalizada por Zaidu. Foi a cereja no topo do bolo a selar a centésima vitória sobre o rival. Depois, os dragões festejaram o título no relvado, desta vez às claras e sem o sistema de rega ligado, ao contrário do que aconteceu há 11 anos.
Mais: Zaidu antecipou a festa que já se previa e marcou o golo da vitória, após uma fuga de Pepê. Otávio equilibrou o meio-campo e Vlachodimos encheu a baliza do Benfica.
Menos: Na direita, Gil Dias correu vezes sem conta para o flanco oposto, numa ação repetitiva e sem qualquer vantagem. Gonçalo Ramos fez uma exibição triste e muito apagada.
Árbitro: O árbitro errou ao não dar a lei da vantagem no lance em que amarelou Grujic e perdoou semelhante sanção a Weigl.