As grandes marcas que patrocinam os maiores clubes no Mundo estão a fazer contratos de menor duração
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Com a pandemia da covid-19, as receitas dos clubes diminuíram, devido aos adeptos não poderem ir ao estádio e as competições terem estado suspensas durante alguns meses. No entanto, as receitas comerciais, provenientes dos contratos de patrocínios com as marcas, não foram muito afetadas, segundo um estudo da empresa KPMG.
A Liga inglesa foi aquela que registou um maior aumento neste campo, com ganhos de 200 milhões de euros, o que significa um incremento de 12% relativamente à época 2019/20. A Liga italiana teve as maiores perdas (14,6%) enquanto a Liga francesa, afetada pelo negócio dos direitos televisivos, foi a segunda que foi mais afetada pela pandemia (10,2%).
As empresas estão mais cautelosas no momento de patrocinar um clube, mas não deixaram de fechar negócios. Foram assinados 40 contratos de patrocínio principal (frente da camisola de jogo) desde que a covid-19 afetou a Europa, sendo que a duração média destes diminuiu de 2,6 anos para 1,8 anos, devido à incerteza do futuro que a pandemia criou. No entanto, apesar da duração média de todos os patrocínios nos equipamentos ter caído de 3,6 para 3,2 anos, o valor estimado destes negócios aumentou em 10% nas cinco principais ligas europeias.
Em suma, as marcas continuaram a patrocinar os clubes e, em certos casos, estes negócios foram ainda mais lucrativos para eles. Porém, o facto da duração média destes contratos ter diminuído, mostra que estas estão com uma postura mais cautelosa em relação ao futuro, posição que pode ser explicada pela incerteza do fim da pandemia.