A meia maratona de Lisboa não vai partir da Ponte 25 de Abril, no domingo, devido ao mau tempo e por razões de segurança, e sim de Sete Rios.
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"Ontem (quinta-feira), houve uma reunião com a polícia, a proteção civil e a Lusoponte (empresa concessionária da travessia rodoviária da Ponte 25 de Abril) e, obviamente, a organização tem um plano b. Mas, penso que esse plano b não será acionado", disse Carlos Móia, presidente do Maratona Clube de Portugal, em conferência de imprensa.
Apesar de ter frisado na sexta-feira que "não há alarme", Móia, em declarações à TSF durante este sábado, revelou que a prova começa "no Eixo-Norte Sul, lá em cima, na zona de Sete Rios, em frente mais ou menos ao Jardim Zoológico" e não na praça de portagens da Ponte 25 de Abril, em Almada. A organização decidiu alterar a zona de partida devido aos ventos fortes e chuva intensa previstos para domingo.
"Devido às condições climatéricas, o Conselho de Segurança, que reúne as entidades responsáveis pela gestão da ponte 25 de Abril, considera que não estão reunidas as condições para que a partida das provas EDP Meia Maratona de Lisboa e Mini Maratona Vodafone seja feita a partir da Ponte 25 de Abril", lê-se em comunicado da organização, que mantém a hora de partida às 10.30 horas.
"Pela primeira vez, em 28 edições, somos obrigados a acionar o plano B. Estamos conscientes de que a mudança do local da partida é uma notícia triste, principalmente para os participantes, mas é precisamente para garantir a segurança dos mesmos que Conselho de Segurança e parceiros envolvidos na organização tomam esta decisão que está prevista no regulamento", acrescenta a nota.
Os participantes na 28.ª edição da meia maratona de Lisboa, que atingiu 35 mil inscritos (seis mil dos quais estrangeiros), percorrerão aquela via de acesso à Ponte 25 de Abril) até à entrada de Alcântara, seguindo depois pelo trajeto previsto.
A prova de elite, que não será afetada por qualquer alteração de última hora, pois tem a partida marcada para Algés, apresenta como grande referência o eritreu Zersenay Tadese, vencedor da prova em 2010 - com um recorde do mundo de 58.23 minutos, que ainda se mantém -, 2011 e 2012.
Tadese deverá encontrar forte oposição dos quenianos Sammy Kitwara e Stanley Biwot, os dois outros únicos atletas que já correram a distância abaixo de 59 minutos, bem como o ugandês Stephen Kiprotich, campeão olímpico da maratona em Londres2012 e campeão mundial, em 2013.
No setor feminino, reúnem algum favoritismo as três atletas com a melhor marca pessoal abaixo dos 68 minutos: as quenianas Pasalia Chepkorir Kipkoech e Magdalyne Masai, quinta classificada no ano passado em Lisboa, e a etíope Belainesh Oljira.
Carlos Móia lamentou a ausência da maioria dos principais atletas meio-fundistas portugueses de elite, especialmente os que competem pelo Benfica e o Sporting, motivada pela proximidade do campeonato nacional de corta-mato longo, marcado para 18 de março.