Mocidade Sangemil faz 50 anos em 2024 e o objetivo passa pela estabilidade. Falta de elementos na estrutura é problema.
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Fundado no ano da revolução de abril, o Mocidade Sangemil Atlético Clube tem como objetivo chegar estável e a respirar saúde em 2024, quando cumprirá 50 anos de existência. Desportivamente, a equipa está a seguir um rumo de crescimento, mas a falta de elementos na estrutura e atletas na formação tem sido fatal para as aspirações do emblema maiato.
Atualmente a disputar a 2.ª Divisão Distrital, da A. F. Porto, o Mocidade Sangemil joga no Complexo Municipal de Cutamas, uma casa temporária, pois face às medidas exíguas está impedido de receber jogos de divisões superiores. Essa é uma parte do problema, uma vez que o emblema maiato não tem campo próprio.
"Estamos muito longe dos nossos adeptos, por vezes temos cinco ou seis pessoas a ver os jogos e isso reflete-se na receita de bilheteira. Além disso não há condições para criarmos equipas de formação, também pela falta de uma bancada para os pais assistirem ao treino", explica o presidente Mário Freitas.
A pandemia, em 2020, levou ao termo das camadas jovens do Mocidade Sangemil, o que representou uma dificuldade acrescida para o desenvolvimento do clube, seja em termos financeiros ou na capacidade de reforçar o plantel sénior.
"Não temos dívidas, mas os apoios são muito curtos. O facto de não termos elementos suficientes para realizar as tarefas necessárias, juntamente com todos os problemas que aparecem, faz-me recear se chegaremos aos 50 anos. No que depender da equipa diretiva, não vamos fechar portas, mas precisamos de ajuda para dar a volta à situação", revela Timóteo Monteiro, vice-presidente e diretor desportivo.
Após um péssimo arranque de temporada, que colocou a equipa no fundo da tabela classificativa, o Mocidade Sangemil procedeu a uma troca de treinador, em meados de novembro. A mudança resultou, uma vez que o clube já está em 10.º lugar na Série 2 e apenas tem três derrotas em nove jogos.
"Fui jogador desta instituição durante 15 anos e quando cheguei sentia a equipa desmotivada. Mudámos algumas coisas e agora eles sabem que o meu objetivo é terminar entre os cinco primeiros. Se tiver 18 ou 20 jogadores prontos a morrer por mim levamos isto a bom porto", promete o técnico Raúl Bernardo.