O português José Mourinho, treinador do Real Madrid, considerou este sábado que "não há favoritos" para o jogo de domingo entre o campeão espanhol de futebol e o FC Barcelona, apesar dos oito pontos de diferença favoráveis aos catalães.
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Mourinho defendeu que as duas equipas "chegam em igualdade de circunstâncias" e admitiu que o empate no estádio do líder isolado da prova, no jogo grande da sétima jornada, pode nem ser um mau resultado, desvalorizando a vantagem pontual do adversário ao lembrar que "faltam muitos meses" até ao fim da época.
"Se jogas bem, constróis muitas oportunidades, mereces ganhar e no fim empatas, esse é um péssimo resultado, mas se fizeres um mau jogo, não crias lances de perigo, marcas o golo com uma sorte incrível, então o empate será fantástico. Dependerá da forma como se desenrolar o jogo", observou o técnico, em conferência de imprensa.
Apesar de uma derrota em Barcelona deixar o Real Madrid, onde alinham os internacionais portugueses Fábio Coentrão, Pepe, Ricardo Carvalho e Cristiano Ronaldo, a 11 pontos do maior rival na luta pelo título, Mourinho assinalou que a temporada "ainda está no início e faltam muitos meses de competição".
O treinador português recusou relacionar o encontro com o momento político que atravessa o país e a Catalunha em particular, que ameaçou avançar com um referendo à independência da região, e a comentar as arbitragens aos jogos do Barça, limitando-se a notar que "se têm passado algumas coisas".
Mourinho, que convocou todo o plantel, assinalou que o embate de domingo é um jogo que "para o mundo", lamentando a ausência do defesa central do Barcelona Carles Puyol, que sofreu uma luxação no cotovelo esquerdo no jogo de terça-feira com o Benfica, no Estádio da Luz, para a Liga dos Campeões (vitória do Barcelona por 2-0).
"Gostaria que jogassem todos, porque é um jogo que para o mundo. No caso de Puyol fico contente por saber que a lesão não é tão grave como parecia", disse o técnico do Real Madrid, que espera por Piqué no eixo da defesa dos catalães, apesar de o central poder não estar totalmente recuperado de uma lesão.