O treinador do Chelsea, o português José Mourinho, mostrou-se, esta sexta-feira, envergonhado com os atos racistas de adeptos do clube londrino no metro de Paris, sugerindo que a vítima seja convidada para assistir a um jogo de futebol dos "blues".
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Na conferência de imprensa de antevisão da receção ao Burnley, no sábado, da 26.ª jornada da Liga inglesa, José Mourinho pediu desculpa pelos atos e assegurou que os adeptos envolvidos no incidente em Paris não representam o Chelsea.
O técnico luso sugeriu a possibilidade de a vítima assistir a um jogo do clube londrino, "para sentir o que é realmente o Chelsea", que, segundo Mourinho, está a "fazer tudo o que podia fazer sobre o assunto".
Mourinho recordou ter condenado o episódio "desde o primeiro minuto", assegurando que o balneário do Chelsea tem "grandes princípios e que os jogadores reagiram da mesma forma".
Na terça-feira, em Paris, antes do jogo entre Chelsea e Paris Saint-Germain, da primeira mão dos oitavos de final da Liga dos Campeões, um grupo de adeptos do Chelsea impediu a entrada numa carruagem de metro a um negro, enquanto entoava cantava: "somos racistas e é assim que gostamos de ser".
O Chelsea já anunciou a proibição de três adeptos envolvidos no episódio de assistirem a jogos no seu estádio.
O homem impedido de entrar no metro de Paris e agredido verbalmente por adeptos do Chelsea, na terça-feira, apresentou uma denúncia devido ao incidente, que já levou a procuradoria de Paris a abrir um inquérito por "violência voluntária com base na raça num meio de transporte público".