Nona edição do Mundial feminino de futebol traduz força crescente das mulheres no universo do futebol. Portugal estreia-se domingo.
Corpo do artigo
Algo que não deixa dúvidas sobre o crescimento que o futebol feminino tem registado são os momentos e os episódios que nos últimos tempos se sucedem como sendo potencialmente marcantes para a modalidade, no melhor sentido possível. Recordes de assistências e de audiências televisivas são quebrados regularmente, os valores envolvidos em transferências aumentam a cada janela do mercado, como os salários, a atenção mediática é maior a cada grande evento. Chega-se a esta altura e a grande questão é até onde e até quando esta evolução continuará. A nona edição do Campeonato do Mundo, que arranca hoje com os jogos Nova Zelândia-Noruega (8 horas, RTP1) e Austrália-Irlanda (11h, Sport TV1), será a maior de sempre, com os prémios mais altos e as jogadoras mais valiosas, até porque também são as primeiras a ter valor de mercado mais ou menos oficial.
O maior palco do Mundo para as melhores do Mundo, portanto. Pelo menos, para algumas, uma vez que outras (Vivianne Miedema, Beth Mead ou Marie-Antoinette Katoto) são ausências de peso. Assim, é natural que em campo estejam as futebolistas mais consideradas financeiramente, numa lista que é liderada por Alexia Putellas, vencedora das duas últimas Bolas de Ouro e avaliada em 550 mil euros. De acordo com o site alemão Soccerdonna, a espanhola supera em 50 mil a grande estrela da Austrália, Sam Kerr, enquanto outra espanhola e também do Barcelona, Aitana Bonmatí, surge no último lugar do pódio (475 mil euros). O facto de o Barça ser o atual campeão europeu ajuda a explicar que o clube tenha três das cinco mais valiosas do Mundo, com a norueguesa Graham Hansen a ser a quinta com maior valor de mercado (400 mil euros), ficando o quarto lugar para a compatriota Ada Hegerberg (450 mil).