Mundial: jogadoras unidas contra a crise climática e pela saúde mental
Iniciativas solidárias juntam jogadoras de várias seleções neste Mundial de futebol.
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O dilema podia ser paralisante, mas, entre a concretização do sonho de disputar um Mundial e as implicações evidentes que essa decisão teria nas mais profundas convicções, a dinamarquesa Sofie Junge Pedersen não ficou de braços cruzados. Ela, que passou boa parte dos últimos cinco anos a calcular as emissões de carbono associadas a cada voo que teve que fazer (o transporte aéreo é um dos maiores poluentes do Mundo), encabeça agora um grupo de 44 jogadoras, da Dinamarca, de Itália e do Canadá, que durante o Mundial levarão a cabo iniciativas de apoio a entidades que estão na linha da frente contra as alterações climáticas.
Vão, por exemplo, doar dinheiro por cada voo que são obrigadas a fazer para estarem na Austrália e na Nova Zelândia, sendo o valor calculado através do terrível impacto ambiental de cada viagem. “Sempre me senti mal por viajar de avião, por ter noção da muita poluição que essas viagens causam, só que, infelizmente, ainda não há alternativas sustentáveis para essas viagens. Não vamos salvar o Mundo com isto, mas podemos mostrar que é possível fazer melhor e inspirar outros a fazerem o mesmo”, disse Pedersen ao jornal “The Guardian”.