O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, elogiou o "ótimo trabalho" da equipa Israel-Premier Tech na Volta a Espanha de ciclismo, "por não ceder ao ódio e à intimidação", face aos contínuos protestos pró-Palestina.
Corpo do artigo
"Estão a deixar Israel orgulhoso", disse Netanyahu, numa breve mensagem nas redes sociais, na qual felicitou expressamente o proprietário da equipa, o empresário Sylvan Adams. "Bom trabalho", escreveu.
A mensagem do chefe do Governo israelita surge depois de o ministro dos Negócios Estrangeiros espanhol, José Manuel Albares, se ter mostrado "a favor" da expulsão da equipa israelita da competição, com o argumento de que é necessário enviar uma "mensagem" a Israel, tal como foi feito com a Rússia.
O chefe da diplomacia israelita argumentou que não é possível "continuar a ter uma relação de normalidade com Israel como se nada estivesse a acontecer", referindo-se à ofensiva israelita na Faixa de Gaza, que cumpre hoje 700 dias e já causou mais de 64 mil mortos.
A presença da equipa Israel-Premier Tech na Vuelta tem originado protestos desde o início da competição, em 23 de agosto, que provocaram alguns problemas, como quedas ou a paragem da Israel-Premier Tech no dia do contrarrelógio por equipas.
A Embaixada de Israel em Madrid também criticou os protestos contra a presença da equipa israelita, com etapas da "Vuelta" a serem acompanhadas por manifestantes com bandeiras palestinianas e cartazes contra Israel.
"É inaceitável ver o ódio e a demonização contra os israelitas", escreveu na quarta-feira a nova encarregada de negócios da embaixada, Dana Erlich.
Os protestos na etapa de Bilbau, a 11.ª, na quarta-feira, obrigaram a antecipar a meta e a deixar a jornada sem vencedor, dada a presença massiva de manifestantes.
Para a diplomata, estes atos resultam de "um ódio" que "não é "político", não é um apelo à "paz", é um apelo à destruição de um país".
Cartazes como os exibidos pelos manifestantes pró-palestinianos, incluindo alguns que incitavam à destruição de Israel - como o que aparece numa captura que acompanha a sua mensagem - "não podem ser tolerados em Espanha, nem esta incitação ao ódio", argumentou.
Na quarta-feira, o diretor técnico da Volta a Espanha, Kiko García, sugeriu que a equipa Israel-Premier Tech deveria abandonar a prova, o que a equipa recusou.