João Almeida sobe a segundo e diretor técnico da Vuelta sugere desistência da Israel Premier Tech
João Almeida subiu, esta quarta-feira, ao segundo lugar da classificação geral da Volta a Espanha, depois de uma 11.ª etapa que foi interrompida a três quilómetros do final, devido aos protestos de ativistas pró-Palestina na cidade de Bilbau. A tirada não teve vencedor, com o português da UAE a perder, ainda assim, algum tempo para Jonas Vingegaard e Thomas Pidcock.
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Depois de algumas horas de indefinição, a organização da Vuelta anunciou a classificação geral após a 11.ª etapa, com Jonas Vingegaard a manter a camisola vermelha, ganhando mais 12 segundos a Almeida que está, agora, a 50s do dinamarquês da Visma. Vingegaard foi o único que conseguiu responder ao ataque de Pidcock na última subida do dia, com o britânico da Q36.5 a ficar, agora, a apenas seis segundos do português.
Os tempos da 11.ª etapa foram tomados a três quilómetros da meta prevista, não sendo declarado vencedor e a cerimónia do pódio também foi cancelada. Os protestos contra a presença da equipa Israel Premier Tech subiram, e muito, de tom no País Basco, com vários manifestantes a tentarem derrubar as barreiras de proteção junto à linha de meta.
O pelotão ainda conseguiu efetuar a primeira passagem pelo local - os últimos quilómetros eram feitos em circuito -, mas a organização decidiu anular o que faltava correr devido à preocupação com a segurança dos ciclistas.
O diretor técnico da Vuelta, Kiko García, assegurou ter tomado "a melhor decisão" depois de ter falado com os diretores das equipas e deu a entender que a Israel Premier Tech não devia ter sido autorizada a participar na Volta a Espanha 2025.
"Tem de ser a UCI [União Ciclista Internacional] a decidir se defende uma prova internacional como a Vuelta ou apenas uma equipa", disse, antes de ser questionado se as outras equipas fizeram algum tipo de pressão para que o conjunto israelita abandone a prova.
"Que eu saiba, não há qualquer posição oficial. Nós [a organização] não podemos fazer nada. Falei com o diretor desportivo da Israel até altas horas da última noite e perguntei-lhe se notavam que a pressão [dos adeptos] estava a aumentar. Não vou dizer o que me respondeu, mas parece-me óbvio que só há uma solução possível. Nós não a podemos tomar. A prioridade é a segurança dos ciclistas e a nossa decisão foi nesse sentido, mas não sabemos se a Israel entende que, estando nesta prova, não ajuda nada à segurança dos outros corredores", afirmou