Axadrezados e vitorianos repetem resultado da primeira volta, num jogo com ambiente de clássico. Estádio do Bessa com a melhor casa da época
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Na antevisão à partida, os treinadores referiram-se ao duelo entre Boavista e V. Guimarães como um "clássico" e o ambiente que se viveu no Bessa foi de encontro às palavras. Axadrezados e vitorianos empataram com golos de Estupiñan e Ntep, mas o maior espectáculo assistiu-se nas bancadas, com a presença de 12.714 adeptos.
Com o empate, o V. Guimarães fica a aguardar por uma derrota do Gil Vicente para perceber se tem uma "final" agendada com os gilistas na última jornada, na luta pelo quinto lugar.
O duelo teve direito a uma tarja especial a destacar o "reino da pantera", mas foram os conquistadores a procurar desde cedo dominar a casa axadrezada. O V. Guimarães chegou ao golo na sequência de um canto batido por Tiago Silva, que encontrou a cabeça de Estupiñan. O colombiano voltou a marcar ao Boavista, tal como fez na primeira volta. Os axadrezados sentiram dificuldades em chegar à baliza contrária, mas fecharam bem os espaços ao adversário.
A partir do intervalo, o filme foi diferente. Petit, castigado, assistiu ao jogo junto dos analistas na bancada, e, certamente, deu indicações aos adjuntos. A pantera afiou as garras e entrou com força no segundo tempo, entusiasmando os adeptos com um cabeceamento de Gorré que passou perto da baliza vimaranense.
Nuno Pereira, o adjunto de Petit que esteve ao leme da equipa no banco, deu as últimas indicações a Ntep e o impacto foi imediato: poucos segundos depois de ter pisado o relvado, o avançado correspondeu a um passe de Makouta e fez a igualdade.
Nos últimos 20 minutos, o ambiente aqueceu, sobretudo depois da expulsão de Mumin (77m), o que motivou uma avalanche dos axadrezados. No último jogo da época no Bessa, ao Boavista só faltou a vitória para dar a "prenda aos adeptos" como Petit tinha pedido, porque a exibição, sobretudo no segundo tempo, foi digna de boa despedida.