Casa do Povo de Sobreira aposta, há dois anos, na patinagem artística. 50 atletas sonham com títulos
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Os patins há muito que fazem parte de uma história com várias décadas da Casa do Povo de Sobreira, mas estiveram sempre ligados ao hóquei. Até há dois anos, quando este clube do concelho de Paredes criou a secção de patinagem artística, uma modalidade que já deu diversos títulos mundiais ao país. O intuito da medida era apenas um: aumentar a oferta da prática desportiva a uma comunidade infantojuvenil que, afastada dos grandes centros urbanos, não dispõe de muitas alternativas ao futebol.
As cerca de 50 atletas que, rapidamente, se apaixonaram pela modalidade confirmaram a necessidade identificada pela Comissão Administrativa da Casa do Povo de Sobreira e, hoje, a patinagem artística transformou-se num hábito que meninas e meninos, assim como as suas famílias já não dispensam. Duas vezes por semana, entre as 18 e as 21 horas, o pavilhão Ernesto Silva enche-se de jovens a fazer acrobacias em cima de oito rodas, num exercício tão difícil como espetacular.
Alguns, já ultrapassaram as exigências dos primeiros níveis de iniciação e os responsáveis da instituição anseiam que estes depressa comecem a competir para que possam enriquecer o palmarés do clube com tradição nas oito rodas.
Enquanto não se chega a esse tempo, os momentos de êxtase acontecem durante os espetáculos que envolvem todos os atletas, numa série de coreografias a fazer lembrar outras artes. O primeiro teve lugar no ano passado, com o propósito de apresentar a modalidade à população. O segundo decorreu em junho último e atraiu uma pequena multidão às bancadas do Ernesto Silva, pavilhão que é propriedade da agremiação.
Recuperar prejuízo
A Comissão Administrativa que lidera os destinos da Casa do Povo de Sobreira está satisfeita com o impacto que esta nova modalidade está a ter na localidade e garante que a aposta é para manter. Mesmo depois de um furto que mais do que tristeza causou transtornos financeiros. "Tivemos um revés no projeto que estava delineado, em consequência do assalto sofrido. Este incidente dificultou uma situação financeira que já não era fácil", refere Rui Mendes.
Segundo este dirigente, o clube está a preparar uma série de iniciativas - que inclui jantares solidários - para tentar recuperar o prejuízo sofrido recentemente. "Também vamos apelar às entidades públicas, nomeadamente à Câmara Municipal de Paredes, para que nos ajudem. Esperamos que sejam sensíveis, como foram noutros casos, às dificuldades que afetam, sobretudo, os atletas da instituição", acrescenta Rui Mendes.
Casa do Povo de Sobreira
Fundação: 1941
Sócios: 260
Atletas na formação: 50
Palmarés: Sem títulos
Treinos: Terças e quintas-feiras
Horários: Das 18 às 21 horas
Mensalidade: 20 euros