"Não é um simples cachecol", avisa Nuno Quidiongo. O esclarecimento impõe-se, visto que o adereço surge aqui como memória maior da carreira deste ex-basquetebolista.
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Para percebermos porquê, temos de recuar a meados da década de 1990, quando, aos 18 anos, teve de ser operado aos joelhos. "Estive quase dois meses de cama. Um ano foi só para conseguir recomeçar a correr. O segundo foi para me habituar ao jogo. Muita gente já não acreditava na minha recuperação", lembra.
Mas não só recuperou, como acabou a época seguinte (1995/96) a festejar o título de campeão nacional que permitiu ao F. C. Porto quebrar a hegemonia do Benfica e um jejum de 13 anos. Nada que fosse possível sem o apoio incondicional do massagista da equipa, António Matos. "Naquela fase, passava mais tempo com ele do que com os meus colegas. Foi ele que sempre acreditou em mim e que me ofereceu este cachecol, num daqueles jantares de equipa em que toda a gente chora", explica este antigo base, que agora se dedica à produção de mirtilos e ao turismo de habitação.
E se os dois títulos de campeão nacional, a Taça de Portugal e a Supertaça que conquistou nos dragões fizeram dele um basquetebolista realizado, quando lhe pedem para enumerar os momentos marcantes, não consegue evitar falar num que ainda lhe faz tremer a voz: "A morte do Paulo Pinto foi chocante. Jogávamos juntos desde os 14 anos. Pôs-nos a todos a pensar o que andávamos a fazer".
Passe Curto
Nome: Nuno Maximiano Sabroso Quidiongo
Naturalidade: Porto
Idade: 41 anos (19/05/76)
Clubes que representou: F. C. Porto, Gaia, Lusitânia, Vasco da Gama, CTM Vila Pouca de Aguiar, UTAD
Principais títulos: dois títulos de campeão nacional, uma Taça de Portugal, uma Supertaça