Avançado do Milan ganha peso na seleção e vê o City juntar-se aos pretendentes. Caso com os leões é a dor de cabeça.
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Titular nos dois últimos jogos da seleção principal portuguesa, primeiro ao lado de André Silva e Otávio na frente de ataque (Suíça) e agora na companhia de Cristiano Ronaldo e Bernardo Silva (República Checa), Rafael Leão tem ganhado peso considerável na equipa das quinas.
Às portas do Mundial do Catar e na véspera da decisão com a Espanha sobre a qualificação para a final four da Liga das Nações, é notória a influência crescente do avançado do AC Milan na equipa das quinas.
A época passada já tinha sido uma espécie de prenúncio para a afirmação que se assiste, com maior robustez. A par do batismo por Portugal, deu cartas nos "rossoneri", ajudando o clube milanês a voltar a conquistar o título italiano e sendo considerado o melhor jogador da prova.
A iniciar a quarta época no AC Milan, leva três golos e cinco assistências no clube em oito jogos. No primeiro encontro da temporada pela seleção foi titular frente à República Checa, tendo assinado a assistência, para o golo inaugural de Portugal, apontado por Diogo Dalot.
A afirmação, quer no clube, quer na seleção, tem merecido elogios de vários quadrantes e ajudado a valorizar um jogador que há um ano valia 25 milhões de euros e mais do que triplicou a cotação. "Rafael Leão é um fenómeno. O AC Milan precisava de um fora de série", disse, neste fim de semana, Ruud Gullit, antigo futebolista neerlandês, que se notabilizou nos "rossoneri".
Com contrato até 2024, Rafael Leão tem uma cláusula de rescisão de 150 milhões de euros, despertando cada vez maior interesse no mercado. O Manchester City foi o último a juntar-se aos pretendentes. O clube orientado por Pep Guardiola encara a hipótese de contratar o extremo, para reforçar o ataque onde pontifica Haaland. Mas o AC Milan também pensa em estender a ligação contratual, podendo aumentar-lhe o ordenado, até para o ajudar a pagar a dívida de 20 milhões de euros, pendente com o Sporting. O diferendo com os leões, que dura desde que em 2018 rescindiu unilateralmente e depois rumou ao Lille, é o calcanhar de Aquiles do craque luso-angolano. Condenado a pagar, pediu auxílio ao próprio Milan, mas até poderá ser outro tubarão a chegar-se à frente...
REAÇÃO
Djaló perdoa selecionador e as dúvidas à direita
Após a goleada à República Checa (4-0), Fernando Santos endereçou um pedido de desculpas a Tiago Djaló, considerando que o jogador do Lille devia ter entrado nos momentos finais do desafio. Entretanto, o central reagiu, deixando uma mensagem nas redes sociais: "Temos todos um objetivo em comum, que é maior que qualquer um de nós. Vamos Portugal", escreveu, a propósito. Noutro âmbito, autor de dois golos frente aos checos, Diogo Dalot espreita manter a titularidade com a Espanha, mas João Cancelo, que cumpriu castigo, já estará disponível, podendo voltar ao onze.