Fernando Martins, presidente do Benfica entre 1981 e 1987, ficará para sempre associado à obra do fecho do terceiro anel que elevou a lotação da Luz para 120 mil espetadores, maior recinto europeu e terceiro a nível mundial.
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O novo orgulho benfiquista, inaugurado em Setembro de 1985, marcou a liderança do dirigente que cumpriu três mandatos, estatuto só superado por Luís Filipe Vieira na quarta eleição à frente da águia. Antes de chegar à cadeira presidencial, exerceu funções no Conselho Fiscal, em 1965, e presidiu à Comissão do Novo Parque de Jogos entre 1967 e 1968.
Sucedeu a Ferreira Queimado. E, apesar dos sinais de ascensão desportiva do F.C Porto, consegue quatro campeonatos nacionais - 80/81, entrou ainda antes do final da prova e 86/87 um mês antes da conclusão - , mesmo número de Taças de Portugal e uma Supertaça.
Contrata Sven Goran Eriksson que leva o Benfica à final da Taça UEFA em 1982/1983. O treinador sueco revoluciona muito da mentalidade do clube, mas o dirigente não o consegue segurar, apesar de lhe ter oferecido cinco mil contos. As Liras romanas falaram mais alto.
Nascido a 25 de Janeiro de 1917, em Paul, Alenquer, destaca-se como empresario no ramo da construção civil e hotelaria. Funda e gere o grupo Altis Hoteis de Portugal juntamente com os filhos. E, desde muito cedo, aplicaessa experiência empresarial na gestão do clube. Altera a filosofia remuneratória e privilegia a contratação de atletas com salários mais baixos e prémios por objetivos. Uma prática atual e desejada. Mas não totalmente compreendida na altura.