A maioria dos árbitros ouvidos pelo JN considera que o lance entre Gonçalo Guedes e Tormena, na área do Braga, aos 18 minutos, devia ter sido considerado como grande penalidade. O Benfica empatou em Braga (1-1), perdendo depois nas grandes penalidades e foi eliminado nos quartos-de-final da Taça de Portugal.
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Verifique a opinião dos especialistas:
José Leirós: "Sem jogar a bola, Tormena atingiu a perna de Gonçalo Guedes, provocando a sua queda. Derrubando-o dentro da área, naturalmente é motivo para grande penalidade, Sendo claro e óbvio, Fábio Melo, no lugar de VAR, com imagens que não deixam qualquer dúvida, devia ter comunicado a Tiago Martins para ir analisar um possível penálti. Assim não sendo é um erro grave da equipa de arbitragem".
Pedro Henriques: "É penálti. O Tormena nunca tocou na bola e toca no calcanhar esquerdo de Guedes, derrubando-o. Em campo é um lance difícil de ver, não obstante o facto de Tiago Martins ter campo de visão para a jogada, mas é um lance que é fácil de ver pelo VAR. Com acesso à repetição é um erro claro e óbvio. Pode ter havido mais do que um ponto de contacto no lance, mas o contacto essencial é mesmo o pé direito de Tormena no calcanhar esquerdo de Gonçalo Guedes".
Marco Ferreira: "Pontapé de penálti que fica por assinalar, numa situação em que Tormena não tem possibilidade de jogar a bola e toca no pé esquerdo de Guedes. O VAR devia ter intervindo para dar possibilidade ao Tiago Martins de ver o lance. A responsabilidade principal é do árbitro, mas não há justificação para o VAR não ter alertado. Claro que há possibilidade de a visão do árbitro estar obstruída no lance, mas se Tiago Martins não estiver bem colocado também tem culpa nisso. No entanto, acredito que esteja bem colocado, até porque faz o gesto a sinalizar que 'não há nada' e esse movimento condicionou depois a decisão do VAR. Erro claro e óbvio do árbitro, Tiago Martins, e do VAR, Fábio Melo".
Paulo Pereira: "Não acho que seja penálti. O Gonçalo Guedes colocou a perna em frente a Tormena para o impedir de jogar a bola. Que existe contacto é um facto, mas é muito mais provocado pelo jogador do Benfica do que pelo defesa. O movimento do Guedes é evidente. Se estivesse quieto à espera da bola, diria que seria falta, agora a perna esquerda foi buscar o Tormena. A intensidade do contacto, que foi ao de leve, não teve nada a ver com a reação e queda desamparada de Guedes, que, ao teatralizar, mais razão deu à equipa de arbitragem para considerar o contacto normal. O VAR só pode chamar o árbitro se não concordar com a decisão de Tiago Martins e, se não chamou, é porque também não considerou penálti".