Em apenas poucos dias, as rotinas dos jogadores de futebol ficaram viradas do avesso, com as consequências da pandemia da Covid-19.
Corpo do artigo
No caso de dois jogadores da equipa vila-condense, Tarantini e Nuno Santos, esse dia à dia ficou mais agitado, com a chegada de novos rebentos às respetivas famílias.
O capitão do Rio Ave, de 36 anos, foi pai pela segunda vez na véspera de saber que o futebol nacional iria parar e, por estes dias, vive a paternidade a dobrar e "de uma forma que nunca tinha experimentado".
"Ser pai é algo espetacular, mas agora são 24 horas sobre 24 horas, o que se torna um desafio. Dantes ainda ia treinar de manhã e dava para desanuviar da exigência, mas agora tem sido bem mais intenso", confessa Tarantini, que com a chegada do pequeno Vicente, aliado ao facto de não poder sair de casa, "faz parecer que os dias são muito longos".
No entanto, nota: "Ainda assim, não têm dado muito tempo para cumprir um plano de treinos, mas esta quarenta tem proporcionado uma proximidade familiar inédita", acrescentou o médio, que tem refletido sobre o final da carreira: "Estes dias em casa têm dado muitas saudades do futebol. Acho que vou sair disto com vontade de continuar mais um pouco", disse, a sorrir, Tarantini.
Já Nuno Santos, foi pai pela primeira vez no dia 18 deste mês, já quando as restrições do país estavam apertadas, o que obrigou a uma adaptação em contrarrelógio. "Foi tudo à última da hora, mas conseguimos fazer o parto antes das coisas complicarem. Agora estamos em casa com minha mulher e a mãe dela, que tem ajudado muito", partilhou, ao JN, o avançado, de 25 anos.
Com menos de 15 dias de vida, Nuno ainda não dá noites mal dormidas, mas Nuno Santos "sabe que é uma lotaria". "É uma questão de sorte, mas já estou preparado para as coisas piorarem [risos]", disse o jogador, que, por enquanto, ainda tem conseguido treinar dentro de casa, mas já admite pensar "em sair à noite para correr um pouco e tentar espairecer".