Patrícia Mamona sexta classificada nos Mundiais de pista coberta, Rojas com recorde mundial
A vice-campeã olímpica não conseguiu, este domingo, bater o recorde nacional em Pista Coberta (14,53) e foi sexta classificada. A venezuelana Yulimar Rojas não só confirmou o favoritismo como ainda bateu o recorde do Mundo.
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Depois de já ter sido campeã e vice-campeã europeia ao Ar Livre, em 2016 e 2021, campeã (2021) e vice-campeã (2017) europeia em Pista Coberta e conseguido a tão desejada medalha olímpica no ano passado, ao conquistar a prata - em Tóquio saltou pela primeira vez acima dos 15 metros e superou, em mais de 30 centímetros, o recorde nacional - faltava agora um pódio nos Mundiais para Patrícia Mamona. E, se tal se concretizasse, acabaria por ser a melhor participação portuguesa de sempre na competição, depois da medalha de ouro de Auriol Dongmo no peso e a prata de Pedro Pablo Pichardo no triplo salto.
A atleta portuguesa começou a prova com a melhor marca do ano - saltou 14,27 metros - numa prova com nomes como Yulimar Rojas, Kimberly Williams, Ana Peleteiro, Hanna Minenko ou Liadagmis Povea. No segundo salto, Patrícia Mamona ficou-se pelos 14,24 mas ainda conseguiu melhorar a marca na terceira tentativa, com 14,42 metros, subindo até ao quarto lugar e ficando a 12 centímetros do bronze, mas acabou por descer a sexto após Povea chegar aos 14,45 e Orji a igualar os 14,42 metros mas com uma segunda melhor marca mais alta. No último salto, depois de dois nulos, Patrícia Mamona não conseguiu melhorar a marca e acabou mesmo por ficar em sexto lugar, igualando os 14,42 metros.
"Sei que estava a valer mais"
Depois de conseguir o sexto lugar, Patrícia Mamona considerou que valia mais do que a marca que conseguiu e garantiu que vai tentar melhorar no resto da época.
"Sei que estava a valer mais e sei que estou a valer mais do que o meu recorde pessoal e sei que estou a valer mais do que deram as medalhas. Arrisquei, porque sabia que para estar nas medalhas tinha de arriscar. Infelizmente arrisquei um pouco demais. Tive um nulo muito pequeno que dava para as medalhas, mas os nulos não contam. Sinceramente acho que até estava melhor do que o que pensava, porque tenho dificuldades neste tipo de pista. Tenho de meter na cabeça que numa pista levantada ou no chão eu posso saltar muito. Agora tenho mesmo de me focar, não posso fazer nada sobre o que já passou e eu sou uma lutadora, vamos a isso, estou com muito fogo cá dentro para o verão", vincou.
Yulimar Rojas de outro mundo
Se o salto da ucraniana Maryna Bekh-Romanchuk (14,74 metros), que lhe deu o segundo lugar, foi incrível, o que dizer da venezuelana Yulimar Rojas. A campeã olímpica, de 26 anos, não só confirmou o favoritismo como ainda quebrou o recorde do mundo do triplo salto, ao saltar 15,74 na sexta tentativa - mais sete centímetros do que a anterior marca de 15,67, que já lhe pertencia - quando já tinha o triunfo garantido, com 15,36, então recorde dos campeonatos, deixando a medalha de prata a um metro. A jamaicana Kimberly Williams, com 14,59, fechou o pódio.
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